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Rentabilidade de nossas Empresas


Ulisses Martins Cruz, Secretário Geral do Setcemg.

Lendo e analisando os balanços publicados nas últimas edições da revista Maiores e Melhores, editada pela Transporte Moderno, vejo com relativo pesar que a média da rentabilidade do setor é baixa.

Às vezes, culpo o setor pela concorrência desleal, outras a elevada carga tributária, o preço do diesel, a mão de obra ou tudo junto. Mas não importa qual seja o culpado. Importa sabermos apurar nossos custos e o risco do nosso negócio e, apesar da concorrência intensa e todas as dificuldades, cobrar por isto.

Alguns indicadores publicados chamam a atenção: os balanços apresentam prejuízo operacional e lucro líquido. Atribuo isto à venda de ativos, ainda que estas vendas sejam planejadas preocupa-nos este resultado, pois no longo prazo e com possibilidade de crescimento, teremos que aumentar o endividamento em estruturas operacionais, podendo ocorrer um pesado desequilíbrio de caixa, além do que, por ter tido prejuízo operacional, pode-se ter aí um quadro de custo inadequadamente apurado e cobrado.

Ainda pensando nos custos, outras análises são importantes e pertinentes, como o retorno vazio dos caminhões. Isso acontece por todo o Brasil. Milhares de caminhões transitam vazios por não terem carga de retorno. Isso é um custo que alguém tem que absorver, a empresa ou o consumidor final?

Continuando a conta, quando ocorre um acidente, seja de que monta for, qual é o nosso prejuízo? E se houver vítima?

Resta-nos rezar pedindo para que todos que viajam tenham cuidado e atenção. Imaginem todas as variáveis de custo que na maioria dos casos não são provisionadas e ou customizadas. Há, ainda, um outro custo que é difícil mensuração: o da imagem negativa que recai sobre o setor de transporte rodoviário de carga.

Tudo isto, faz parte da nossa realidade, é claro que existem exceções, mas segundo dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), somam-se 157.836 empresas.

Quando reivindicamos alguma coisa dos governos federal, estadual ou municipal, dos agentes de fomento e desenvolvimento, dos órgãos de segurança, etc., temos e ouvimos, boa parte das vezes, um sonoro não. O que fazer?

No Legislativo, devemos e podemos mudar alguma coisa e para isto precisaríamos ter objetivos mais claros, mais coesos e não uma disputa de conceitos, critérios e diferenças. Enfim, lutar por medidas igualitárias, principalmente, as tributárias e não o cipoal que temos hoje.

Cabe-nos, ainda, cobrar do Judiciário o que este deve fazer. Julgar. Temos tido avanços, mas não o suficiente.

Do executivo, cobrar a fiscalização, muitas morosa. São tantas as intervenções que não atingem o equilíbrio esperado.

Escutei a pouco, que tributariamente, “os justos pagarão pelos pecadores”. Ora, isto não é correto.

Basta! Precisamos de um consenso sobre as nossas necessidades prioritárias e focar naquilo que for possível e agir. Isso me remete ao lema da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. E para isto, precisamos de mais união e participação efetiva dos empresários do TRC.

 

Ulisses Martins Cruz
Secretário Geral do Setcemg


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