A atividade econômica brasileira acelerou no primeiro trimestre deste ano, ao registrar expansão de 1,05 por cento sobre outubro e dezembro passados, quando o crescimento foi de 0,63 por cento, mostrou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) nesta quinta-feira.
Só em março, o indicador considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) registrou alta de 0,72 por cento sobre fevereiro, de acordo com dados dessazonalizados do BC, praticamente em linha com o mercado.
Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana de 24 analistas consultados, a expectativa era de que o IBC-Br subisse 0,70 por cento em março.
O indicador mostrou ainda que a atividade reverteu a queda de 0,36 por cento de fevereiro ante janeiro, dado revisado ante recuo de 0,52 por cento divulgada anteriormente.
A economia brasileira vem apresentando comportamento errático neste início do ano, mostrando fragilidade e dificuldade de imprimir recuperação mais sólida.
Em março, a produção industrial brasileira havia mostrado alguma retomada, ao subir 0,7 por cento, mas bem abaixo do esperado, após queda de 2,4 por cento em fevereiro.
Nem mesmo o varejo brasileiro, um dos principais pilares do crescimento econômico, tem mostrado força. Em março, as vendas recuaram 0,1 por cento frente a fevereiro, fechando o primeiro trimestre com queda de 0,2 por cento.
O consumo das famílias vem sendo afetado pela inflação elevada, que corrói o poder de compra do consumidor, levando o BC a iniciar ciclo de aperto monetário mesmo diante do cenário econômico fraco, elevando a Selic para 7,50 por cento ao ano.
Na pesquisa Focus do BC, a expectativa dos economistas é de que o Brasil encerre 2013 com expansão de 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e Selic em 8,25 por cento.
Na comparação com março de 2012, o IBC-Br avançou 3,61 por cento e acumula em 12 meses alta de 1,20 por cento, ainda segundo o BC.
(Por Camila Moreira; Edição de Patrícia Duarte)
Fonte: Reuters