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Preços inviabilizam transporte de cargas


Federação do setor, em Minas, alega que insumo responde por metade dos custos de deslocamento  

Os aumentos sucessivos nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras estão inviabilizando o transporte de mercadorias no Brasil. Desde julho do ano passado, quando a estatal adotou uma nova política para os custos, incluindo reajustes diários, tanto a gasolina como o óleo diesel já acumulam alta de aproximadamente 50% nas refinarias. Em protesto, caminhoneiros autônomos em estado de greve fecham estradas de todo o País.


Vale ressaltar que, atualmente, cerca de 60% dos produtos comercializados internamente no Brasil são carregados por meio de rodovias, sendo que os combustíveis já representam metade dos custos dos transportes.

Por este motivo, a onda de protestos iniciada ontem por caminhoneiros autônomos é apoiada pela maioria das entidades de empresas do setor. É o que explicou a diretora da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Juliana Martins. Segundo ela, o movimento, na verdade, é um pedido de socorro da categoria ao governo.

“Do jeito que está não dá mais. Caminhoneiros autônomos e empresas de transportes não estão conseguindo sobreviver com esta nova política de preços da Petrobras. Esperamos que o governo tome alguma medida para reverter essa situação, pois a sensação que temos é que um setor tão importante para a subsistência do País está esquecido pelas autoridades”, explicou.

Neste sentido, a diretora ressaltou que a entidade não incita a violência nem o impedimento do direito de ir e vir de qualquer cidadão. Portanto, apoia a greve, desde que o movimento seja feito dentro da lei. “Não há como trabalhar com reajustes diários. A nova política da Petrobras está inviabilizando o transporte de cargas no País”, reiterou.

Em relação ao custo, Juliana Martins justificou que os 50% restantes após descontar os combustíveis são insuficientes para arcar com impostos, folha de pagamento e despesas com manutenção. Ela completou ainda que para acompanhar as altas do óleo diesel, seria necessário que o frete também sofresse reajuste, o que é praticamente impossível.
“Quando propomos um aumento no frete o reajuste só é aceito cerca de um mês depois. Assim, mesmo que efetivado, o preço vem com defasem e estamos sempre trabalhando com prejuízo”, alertou.

A diretora avaliou que a nova política de preços da Petrobras representa “dois pesos e duas medidas”, pois considera a cotação internacional para os reajustes, mas não se baseia nos patamares estrangeiros na incidência dos impostos.

“Se o governo está praticando os preços do mercado internacional, deveria se balizar lá fora também para os tributos. E isso não acontece, pois utilizam a base somente no que convém”, concluiu.

Da mesma forma, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Centro-Oeste Mineiro (Setcom) se manifestou a favor dos diversos movimentos pacíficos de caminhoneiros autônomos realizados. “Concordamos e nos juntamos às vozes do Transporte Rodoviário de Carga (TRC), que tem denunciado a perversa política diária de aumentos dos preços dos combustíveis pela Petrobras”, disse em comunicado o presidente da entidade, Anderson Campos Cordeiro.


Novos aumentos 
- Os preços da gasolina e do diesel voltaram subir nas refinarias. Ontem foram anunciados aumentos de 0,9% e 0,97%, respectivamente. Trata-se do 11º incremento do preço da gasolina nos últimos dezessete dias, que, ao longo do mês de maio, subiu 16,08%. Já o óleo diesel, acumula alta de 12,3% desde o dia 1º de maio, sendo esse o sétimo aumento consecutivo do produto.

 

Fonte: Jornal Diário do Comércio


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