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Petrobras deve subir mais os preços e vai importar até 2020

Por Portal O Tempo Online


Enviado em 20 de Março, 2013

Plano de investimento entre os anos de 2013 e 2017 é de US$ 236,7 bilhões

 

Rio de Janeiro. A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse ontem que, não fosse a desvalorização do câmbio, a empresa teria tido uma convergência de preços muito mais próxima com o mercado internacional. Graça informou que, em 2012, a variação cambial do petróleo tipo Brent foi de 8% e a variação cambial, de 19%. Na apresentação do Plano de Negócios da companhia para o período de 2013 a 2017, a executiva voltou a afirmar que há uma "busca pela convergência com preços internacionais" de combustíveis. Um gráfico mostrado na apresentação feita a analistas, mostrava que desde o final de 2010 a empresa está perdendo com a defasagem. Graça disse que "a política de formação de preço da companhia não mudou".

Ela lembrou que, em nove meses, foram concedidos quatro reajustes no preço do diesel no mercado doméstico, somando 21,9%. "É um reajuste bastante expressivo", disse. Também houve dois para gasolina, somando 14,9%. A opção da Petrobras continua sendo dar prioridade aos investimentos na área de exploração e produção, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli. O setor receberá 62% do total de US$ 236,7 bilhões do programa de investimentos anunciado ontem, o que equivale à soma de US$ 147,5 bilhões para a área. O pré-sal receberá 24% dos investimentos totais em E&P; a área exploratória da cessão onerosa, 6%. 

A Petrobras trabalha para tornar os projetos de construção das novas refinarias economicamente viáveis, disse o diretor de Abastecimento da empresa, José Carlos Cosenza. Ele destacou que a demanda por combustíveis é crescente, porém "é preciso respeitar o tempo de maturidade das refinarias". "É importante que as refinarias sejam viáveis economicamente. Os projetos têm maturidade em relação ao plano anterior", afirmou Cosenza. O diretor da Petrobras admitiu, no entanto, que, mesmo com a entrada das novas unidades de refino, o Brasil continuará deficitário em combustíveis.

A companhia confirmou os prazos de início da operação das refinarias em construção. Mesmo com o aumento da produção de derivados de petróleo, a empresa continuará importando 29% da demanda de combustíveis até 2020, o equivalente a um déficit de 972 mil barris por dia - saldo entre a capacidade de processamento de petróleo da estatal, de 2,4 milhões de barris por dia, e a demanda de 3,38 milhões de barris por dia. Graça destacou que a empresa trabalha para que os desembolsos financeiros sejam acompanhados diretamente pelas realizações físicas dos projetos. A presidente da Petrobrás disse que o novo plano de negócios 2013-2017 "guarda total identificação com o plano de negócios anterior (2012-2016)".

 

 

PRETERIDO
Refinarias do NE ficam sem recursos
 
Rio de Janeiro. O futuro das refinarias premium da Petrobras, a serem construídas nos Estados do Maranhão e do Ceará, ficou ainda mais incerto no plano de investimentos da estatal. A Petrobras anunciou o investimento de US$ 64,8 bilhões na área de abastecimento, dos quais US$ 21,6 bilhões ainda em fase de avaliação.

A maior parte dos US$ 43,2 bilhões em investimentos assegurados na área será destinada à construção da refinaria Abreu e Lima (PE) e na primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O que resta desse montante, é pouco para as refinarias do Nordeste.
 
 
EFEITO
Alta do diesel pode encarecer em 10% o transporte público
 
Os dois reajustes no preço do óleo diesel ocorridos neste ano nas refinarias podem elevar as tarifas do transporte urbano no Brasil em cerca de 10% nos próximos meses. A estimativa é do presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, que leva em consideração a defasagem média no último ano, considerando os aumentos salariais, as perdas da inflação e o impacto do óleo diesel.

Segundo informações Agência CNT de Notícias, da Confederação Nacional do Transporte, a alta de 5,4% no preço do combustível, em vigor desde a última semana, é a quarta alteração seguida anunciada pela Petrobras. Em 2012, foram duas – junho e julho – e, este ano, também: em janeiro e março. "A verdade é que esses aumentos uns sobre os outros vão dar em torno de 12%. Considerando que o combustível hoje representa entre 22 e 25% do custo do transporte urbano, nós estaremos aí com um aumento médio de 3% para repassar ao consumidor", disse Cunha Filho para a agência. Ele criticou ainda a falta de preocupação do governo com a mobilidade urbana, uma vez que sobe o preço do diesel e mantém estagnada a gasolina. 

"Não existe sensibilidade do governo de que, ao fazer isso (aumento do diesel), ele está na contramão, estimulando o transporte individual em detrimento do transporte coletivo", completou. (Da redação)

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