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Nas rodovias de Minas, 43 km concentram 1.071 acidentes
Enviado em 05 de Fevereiro, 2018
Segundo dados da PRF, as BRs 381, 040, 262 e 116 lideram em números de colisões no Estado.
O motorista que passa pelas BRs que cortam Minas Gerais precisa redobrar a atenção em 43 km de quatro das 16 estradas federais. De acordo com levantamento da reportagem do jornal O TEMPO, os trechos foram responsáveis por 1.071 acidentes – 8,4% de um total de 12.709 – entre janeiro e dezembro do ano passado.
Nos 43 km das BRs 381, 040, 262 e 116, ao menos 23 pessoas morreram em 2017. Outras 145 pessoas foram levadas para hospitais em estado grave. Essas rodovias foram as únicas com mais de mil acidentes em 2017 entre todas as estradas que passam por Minas.
O trecho mais perigoso é o do KM 533 da BR–381, na altura de Itatiaiuçu, na região Central do Estado. No local, houve 50 acidentes, e duas pessoas morreram após se acidentarem no ano passado. O quilômetro anterior, o 532, foi palco de 48 acidentes em 2017, quando uma pessoa morreu.
Os dados levantados fazem parte dos registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que apontam ainda que, na BR–381, 375 acidentes ocorreram e nove pessoas morreram nos dez quilômetros mais violentos no ano passado.
Na sequência, a BR–040 teve 287 colisões nos dez quilômetros com o maior número de acidentes. Seis pessoas morreram com as batidas (veja a tabela AQUI).
Imprudência. Ainda de acordo com o levantamento da PRF, a maior parte dos acidentes foi causada pela imprudência dos motoristas. Velocidade alta, ultrapassagem indevida, falta de atenção e desobediência à sinalização, por exemplo, destacam-se como os principais motivos dos impactos.
No KM 511 da 040, por exemplo, na altura de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, foram 37 acidentes, dos quais 26 (70,2%) ocorreram por algum descuido dos condutores. De acordo com os números, 14 batidas (37%) nesse mesmo quilômetro se deram por falta de atenção dos motoristas.
Não respeitar a distância em relação ao veículo que está à frente causou cinco acidentes (13,5%), e desobedecer à sinalização e dirigir em velocidade alta provocaram quatro (10,8%) ocorrências no trecho de um quilômetro.
Fiscalização. O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans), Sílvio Médici, destaca que, para diminuir a imprudência dos motoristas, deve-se promover mais fiscalização e educação no trânsito. “Além da necessidade de fiscalização, o condutor brasileiro precisa de formação adequada. Há carência nisso”, enfatiza.
Para Sílvio, os acidentes estão ligados sobretudo a “excesso de velocidade, falta de atenção e falta de manutenção do veículo”. “Em Minas, há uma particularidade, que são os traçados mais complicados das estradas, pela geografia e pelas pistas com projetos antigos”, completa.
BR Legal tenta evitar ocorrências
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) lançou em 2014 o projeto BR Legal na tentativa de diminuir acidentes e mortes nas rodovias federais do Brasil. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans), as BRs que receberam a ação tiveram uma diminuição de 71% no número de batidas.
A proposta, de acordo com o Dnit, “muda os parâmetros da sinalização horizontal e vertical (com materiais diferenciados) e implanta dispositivos de segurança, como defensas metálicas em trechos críticos e painéis com mensagens variadas em áreas urbanas”.
Conforme o Dnit, desde a criação do BR Legal, a sinalização das vias passou a ser considerada serviço contínuo – como já ocorre com relação à manutenção – e com dotação de recursos nas leis orgânicas, para todas as fases, desde o projeto até a execução dele. (HM)
KMs 532 e 533 da chamada “rodovia da morte”, na região Central, são os campeões de registros
As pistas duplicadas e bem sinalizadas não são suficientes para mudar o estigma de “rodovia da morte” da BR–381, que ainda lidera em número de acidentes no Estado. Os KMs 532 e 533 da estrada, localizados em Itatiaiuçu, na região Central, tiveram 98 ocorrências no ano passado e formam o trecho mais violento de Minas. Para especialistas, além de haver imprudência dos condutores, que abusam da velocidade na sinuosa via, falta fiscalização.A reportagem esteve no trecho na manhã da última quarta-feira, quando, em cerca de 3 km, entre o KM 530 e o KM 533, ao menos quatro acidentes foram registrados. No local, a pista tem duas faixas e acostamento em cada sentido, além de placas que indicam limites de velocidade e orientam quanto à necessidade de se dirigir mais devagar ou de se prestar atenção às curvas, que são mais abertas. Muitos veículos pesados circulavam na estrada, e, para completar, chovia e havia muita neblina, prejudicando a visibilidade dos motoristas.Veja AQUI os trechos com mais ocorrências em Minas.
A dona de casa Hilda da Consolação, 53, e a filha seguiam para Piracema, também na região Central, quando o carro em que elas estavam capotou na pista, na altura do KM 532, por volta das 8h. Elas não tiveram ferimentos graves. “Graças a Deus, a gente estava devagar, por causa da neblina, porque poderia ter sido pior”, disse Hilda. O policial rodoviário federal Rafael Tibo, do posto de Itatiaiuçu, disse que acidentes são frequentes no trecho devido, em parte, à engenharia das curvas e, sobretudo, ao excesso de velocidade. “Quando chove, se o veículo está em velocidade incompatível com a via, é certo que vai haver saída de pista ou capotamento. Os motoristas não conseguem vencer a curva”, pontuou.
Análise. A Autopista Fernão Dias, concessionária responsável pela administração de 570 km da BR–381, afirmou que o trecho não tem curvas acentuadas e ressaltou que, para reduzir os índices de acidentes, realiza melhorias constantes no pavimento e na sinalização da pista. A empresa afirmou ainda que produz campanhas educativas periódicas com usuários da via e moradores sobre comportamento seguro. A concessionária mantém 13 radares na rodovia em Minas, sendo que dois, um em cada sentido, estão localizados relativamente perto do trecho – nos KMs 525 e 528, em Brumadinho, na região metropolitana de BH.
Para o consultor em transporte e trânsito Osias Baptista Neto, campanhas educativas não bastam, e a fiscalização na rodovia tem que ser intensificada. “A fiscalização eletrônica, hoje, é o principal elemento para a redução de acidentes. O motorista anda na velocidade que quer e só freia quando chega perto do radar”, disse.Fernão Dias tem mais mortes do que parte não duplicadaO trecho duplicado da 381, entre Contagem, na região metropolitana, e São Paulo, tem mais mortes do que o trecho não duplicado, até Governador Valadares, na região do Rio Doce, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). “O motorista abusa mais da velocidade e diminui a atenção porque se sente mais seguro na rodovia duplicada”, disse o chefe de comunicação da PRF-MG, Aristides Júnior.
Segundo ele, as rodovias 381, 040, 116 e 262, que têm os trechos mais violentos do Estado, possuem maior movimentação. A fiscalização da PRF abrange cerca de 5.500 km de rodovias.
RESPOSTAS
Dnit. O departamento informou que os trechos sob sua responsabilidade recebem melhorias na pavimentação e na sinalização. As BRs não são duplicadas e têm segmentos com terceiras faixas. A 381 passa por obras de duplicação.Via 040. Responsável por 936,8 km da 040, a concessionária informou que o local tem pista duplicada e que os acidentes têm relação com o maior tráfego. A empresa disse que, além de a BR ter dois radares e sinalização, recebe manutenção.
Triunfo Concebra. O KM 381, com mais acidentes da 262, é duplicado e concedido à concessionária, que administra 546 km da via. A empresa pontuou ações como sinalização e pavimentação.
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