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Restrição de caminhões no Anel começa em março, diz prefeito


Enviado em 11 de Janeiro, 2018

Após reunião em Brasília, Kalil afirmou ter garantias da proibição do trânsito de veículos pesados.  Setor de transportes já prevê prejuízos e desabastecimento.

 

A partir de março, os caminhões não serão mais vistos no Anel Rodoviário de Belo Horizonte em horário a ser definido. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) saiu nesta quarta-feira (10) do gabinete do Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, em Brasília, com a garantia de que o projeto sairia do papel neste prazo.

As mortes e tragédias que a capital assistiu na via nos últimos anos quase sempre tinham caminhões e carretas envolvidos, que apresentaram problemas mecânicos e arrastaram carros, levando vidas. “Os planos estão sendo desenvolvidos, e já asseguramos a proibição do tráfego pesado até no máximo a partir de março deste ano”, disse Kalil em entrevista a O TEMPO. Até então, não foi apresentada, porém, nenhuma alternativa viável aos caminhões que circulam diariamente pela via, conforme o sindicato da categoria.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), presente na reunião, irá participar de um estudo para o desenvolvimento de um projeto com os horários da restrição. Nos trabalhos também estarão envolvidos as polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar Rodoviária (PMRv), Via 040, Agência Nacional de Transportes Terrestres e prefeitura.

Já outras promessas antigas e esperadas pelos belo-horizontinos, como a reforma do Anel ainda terão que ser fruto de novas negociações. “Não resolvemos o problema viário do Anel, mas resolvemos o problema de vidas. Vamos acabar com a matança, essa era a minha preocupação. Não dá para virar o rosto para o que acontece há 50 anos”, afirmou o prefeito, pouco depois de soltar um tuíte com a novidade.

O horário da proibição desses veículos pesados ainda não está definido. Por dia, circulam cerca de 160 mil veículos por alguns trechos do Anel, como nas proximidades da avenida Amazonas. Com o crescimento da cidade, a via se tornou urbana, com estreitamento de pistas e problemas estruturais graves, em que o convívio diário com os caminhões é arriscado.

Na discussão existe a possibilidade de estabelecer a restrição em horário de pico, principalmente no final da tarde e início da noite, quando acontece a maior parte dos acidentes por causa da retenção dos veículos.

Estopim. Em setembro passado, uma carreta desgovernada atingiu oito veículos e pegou fogo, matando três pessoas e deixando 11 feridas, na altura do bairro Betânia, na região Oeste – trecho de muitas tragédias. Nos dias seguintes, o prefeito Kalil prometeu tomar medidas urgentes para “acabar com a matança”, entre elas a restrição dos caminhões, que deve ocorrer seis meses depois desse acidente.

O engenheiro especialista em Engenharia de Transporte e Trânsito Márcio Aguiar lembra que esse projeto é um paliativo. “Não vai resolver o problema do Anel, mas pode reduzir acidentes e congestionamentos”, disse. Ele pondera que o Dnit não tem estrutura técnica para fazer esse estudo.

Em nota, o Dnit informou que o diretor de Planejamento e Pesquisa, André Martins, e o Superintendente Regional de Minas Gerais, Fabiano Martins Cunha, vão acompanhar o grupo de trabalho que definirá as restrições para os veículos pesados e verificará “os reflexos no trecho sob sua administração”. (Com Ailton do Vale e Aline Diniz)

 

Setor de transportes já prevê prejuízos e desabastecimento

Se a promessa de restrição de veículos pesados no Anel Rodoviário for cumprida, o sindicato e a federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg e Fetcemg) acredita que haverá prejuízo para o setor e desabastecimento de produtos na capital e na região metropolitana.

“A restrição não resolve o problema de acidentes e é tecnicamente inviável porque não há rotas alternativas. O grande problema de mortes na via são os atropelamentos de pedestres. Os caminhões representam 12% dos óbitos”, afirmou o assessor técnico das entidades, Luciano Medrado.

O engenheiro Márcio Aguiar lembra que é necessário identificar os horários de maior intensidade de trânsito, já que não há opção para os caminhões. “O local de parada desses veículos precisa ser estudado”. (Aline Diniz/Luciene Câmara)

Promessa de verba

Saúde. Ainda em Brasília, o prefeito Alexandre Kalil informou que conseguiu também a promessa do presidente Michel Temer de repassar R$ 20 milhões para o Hospital do Barreiro, que, segundo o prefeito, já está lotado e precisando de verba com urgência. 

 

Fonte: O Tempo

Foto: Moisés Silva


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