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Dirigente alerta para risco da fartura de crédito


Enviado em 18 de Agosto, 2011

Fonte: Revista Carga Pesada

Dirigente alerta para risco da fartura de crédito

LUCIANO ALVES PEREIRA
O empresário mineiro Sérgio Pedrosa, novo diretor-presidente do Setcemg (sindicato patronal do TRC em Belo Horizonte) enxerga com apreensão “um risco lá na frente”. A seu ver, a fartura de crédito que acontece atualmente “é um forte estímulo à aquisição de caminhões”, quando se torna comum empresas com frotas próprias de 100, 200 unidades. Era um parque rodante bem raro não faz muito tempo.  “Na hora em que a demanda cair, o mercado saturado de caminhões deverá acender a guerra da oferta e procura, onde tudo é penosamente regulado”, alerta Sérgio. Mas enquanto o quadro não muda, ele se prepara para pôr em prática o seu plano de ação.
O novo presidente do Setcemg assumiu em julho para um mandato de três anos. E é novo sob mais de um aspecto. Pela sua idade (42 anos) e pela especialidade do seu negócio. Além do mais, é a primeira vez que um empresário do transporte de combustíveis decide disputar a presidência e ganhar. Por mais de 50 anos, na maior parte dos mandatos, o Setcemg teve gente da carga fracionada no seu comando.
Nos últimos 20 anos, as diretorias se sucederam em eleições de chapa única. Desta vez, houve disputa e a vantagem da Chapa 1, da situação, foi mínima, o que deixa aparente a divisão, inclusive com recursos à Justiça. Sérgio nasceu no transporte quando o pai, Ercy Pedrosa, dava continuidade à Transpedrosa, criação sua de 1962 e destinada a atuar no serviço da antiga Alcan (hoje Novelly), de Saramenha, Ouro Preto (MG). Tinha sede no distrito local de Cachoeira do Campo, onde continua.
O novo presidente do Setcemg é diretor-geral da Transpedrosa e dedicou muito do seu tempo de juventude ao aprimoramento do saber doutrinário do TRC, apurado na faculdade e cursos de pós-graduação. Entre outros, o de especialização em logística, pelo núcleo de excelência no assunto da Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte.
Mas os desafios iniciais da nova gestão afloram da intrincada política classista. “Quando se entra na sede do Setcemg, você vai observar que no alto da porta principal está escrito: A casa do Transportador”, destaca Sérgio. “No entanto, a entidade não é vista como tal”, admite.  No seu raciocínio, “o transportador tem de ter aqui um apoio, já que não está fácil, pois a nossa atividade é muito difícil, diante da concorrência excessiva, além de ser muito pulverizada e dispor de poucas regras”.
O novo dirigente pretende desenvolver pesquisa junto aos atuais associados e apurar em que o Setcemg pode melhorar. “Eu tenho de estudar um meio de atrair os empresários pra cá”, diz. Também tem a intenção de visitar as entidades congêneres em outros estados e saber o que elas fazem para ter o quadro social participativo.
Em meio a um conjunto de idéias, surge o quesito localização da Setcemg. No passado recente, todas as vias fluíam livremente. Hoje é o contrário.  Para chegar à região da Pampulha (endereço do sindicato), gasta-se cerca de uma hora, quando o trânsito está bom. Por isso, Sérgio antecipa que em reunião de diretoria, ocorrida dias atrás, o assunto mudança da sede foi cogitado. “Isso é possível e está na agenda. Sabemos que há empresas que se situam por aqui, mas a maioria está pra lá”, comenta, referindo-se aos municípios vizinhos de Contagem e Betim.
Na mesma soprada mudancista, o termo logística foi lembrado. Ele ganhou força recentemente e multiplicou-se na razão social das empresas, nos baús dos caminhões e até na designação das entidades de classe.  O presidente do Setcemg avalia essa proliferação com reservas. “A logística é muito ampla. O transporte é uma etapa da logística e quando eu falo dela, inicio no ciclo do pedido de venda. Tem armazenagem, controle de estoque, sistemas de informação para o respectivo controle, etc. Enfim, é muita coisa”, comenta.
Para Sérgio, “algumas empresas pecaram ao escrever lá: fulano de tal transporte e logística”. No caso do Setcemg, ao incluir a denominação no seu contrato constitutivo, “a gente estaria abrindo o sindicato para um mercado que ele não conhece, que não tem a respectiva expertise”. No entanto, o recém-empossado do Setcemg não descarta pesquisa junto à NTC (SP) e ao Setcergs (RS), entidades congêneres que adotaram o termo, para verificar o que aconteceu. “Foi só escrever o nome ou mudou a área de atuação?”, quer saber.
Sérgio Pedrosa não poderia se furtar ao desesperante tema das estradas. Especialmente quanto ao brutal estorvo que virou a queda, em 20 de abril, da ponte sobre o rio das Velhas (BR-381, km 455). Sobre a dita, ele informa que “a ArcelorMittal, com plantas em João Monlevade e vizinhanças, está gastando R$ 3  milhões  a mais, só com fretes, correspondentes aos percursos majorados”, sem falar na produtividade altamente impactada. “Quantas pontes daria para fazer com este valor sendo jogado fora?”, critica. No enfrentamento desse desafio, o empresário se empenhará para mobilizar o Setcemg, junto com a federação (Fetcemg), a Fiemg (federação das indústrias/MG), as entidades do transportes de passageiros, para, junto com o governo, “encontrar a fórmula” de desfazer o nó cego. Determinação e muita sorte para ele!

Fonte: Revista Carga Pesada


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