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PRF flagra um motorista ou passageiro sem cinto de segurança a cada 12 minutos nas BRs mineiras


Enviado em 03 de Julho, 2017

Atitude multiplica risco de morte em acidentes e revela comportamento negligente de condutores e de caronas. Aumento de multas em um ano foi de 31%.

A morte de um motorista de 41 anos após o carro que ele dirigia atingir com violência a traseira de uma carreta na BR-040 em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, na quarta-feira, chama a atenção para um perigo silencioso que está presente em larga escala todos os dias nas estradas mineiras.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor não usava cinto de segurança no momento da batida, situação que foi decisiva para sua morte, já que o interior da cabine se manteve relativamente preservado e a causa mais provável do óbito foi a pancada de sua cabeça no para-brisa do carro.


A cada 12 minutos, a PRF flagra um motorista ou passageiro sem o cinto de segurança nas BRs do estado, condição ideal para que uma batida que poderia ocorrer sem nenhum ferido se transforme em uma verdadeira tragédia. A situação se mostra ainda mais preocupante quando analisados os dados da fiscalização dos dois últimos anos que já tiveram os balanços fechados. Em 2015, a PRF multou 33,4 mil veículos que levavam pessoas sem a proteção essencial. No ano passado, a fiscalização apertou o cerco e esse número cresceu 31%, ultrapassando a casa das 43,7 mil autuações.

Especialistas e a própria PRF são taxativos ao ressaltar que o uso do equipamento obrigatório tanto nos bancos da frente quanto nos de trás é decisivo para salvar uma vida e, portanto, poderia minimizar a carnificina registrada ano após ano no Brasil. Pesquisa da Associação Brasileira de Medicina (Abramet) indica que o uso do cinto nos bancos dianteiros reduz em 45% o risco de morte em caso de acidente, índice que chega a 75% no banco traseiro.

O agente da PRF Eduardo Machado, que trabalha no posto da corporação em Congonhas, informou que as condições da batida que vitimou o motorista na quarta-feira ainda serão analisadas pela perícia e pela investigação da Polícia Civil, mas as análises feitas no local indicam que a carreta transportadora de minério atingida pelo carro tinha feito uma manobra de entrada na BR-040 momentos antes da colisão. Ela ainda estava em aceleração, portanto, em uma velocidade mais baixa. A batida ocorreu por volta das 4h, na faixa da direita da estrada. “A marca da cabeça da vítima batendo no para-brisa e estufando o vidro para frente indica que o que causou a morte provavelmente foi esse impacto”, afirma o policial.

Acostumado com o trabalho de fiscalização e atendimento de acidentes na BR-040, o agente diz ser comum encontrar motoristas e passageiros sem cinto diariamente na estrada federal. “Mais comum do que se imagina. A falta de consciência é muito grande, se a gente parar as outras demandas apenas para fiscalizar o cinto vamos achar em torno de 30 casos todos os dias, apenas aqui na área de abrangência do posto”, completa o policial.

O inspetor Aristides Júnior, que é chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF em Minas, acrescenta ainda que normalmente quem comete esse tipo de infração são as pessoas que têm costume de andar em pequenas distâncias nas rodovias, que pensam que o trajeto será rápido, e também caminhoneiros, iludidos por uma falsa sensação de segurança dos veículos mais pesados. “O uso do cinto de segurança é o que vai definir se a pessoa vai sair viva ou não em acidentes, especialmente em casos de colisões traseiras e capotamentos”, diz o inspetor.

Ele diz ainda que a fiscalização está atenta a esse problema. Prova disso, cita, é o aumento na quantidade de autuações na comparação entre 2015 e 2016. No ano passado, foram 35.565 motoristas e 8.225 passageiros flagrados nessa situação, o que significa um a cada 12 minutos, contra 25.681 condutores e 7.726 acompanhantes em 2015, média de um a cada 15 minutos. “É um número preocupante, porque demonstra acomodação das pessoas”, completa Júnior.

O mestre em engenharia de transportes Paulo Rogério Monteiro concorda que há uma negligência muito grande do próprio motorista ou passageiro ao assumir um péssimo comportamento e não colocar o cinto. Mas ele também destaca que a mudança de atitude é motivada pela combinação da fiscalização com a educação. Quanto mais o motorista tem a certeza da impunidade, mais flexível e tolerante ele é em relação ao cumprimento das regras. O risco é todo do motorista ou do passageiro, mas quando eles sofrem o acidente isso gera um custo coletivo de atendimento de trânsito e de saúde que é imputado à sociedade”, afirma.

Eduardo Biavati, que é mestre em sociologia e especialista em educação e segurança no trânsito, lembra que as campanhas que foram feitas pelos órgãos públicos na época da aprovação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no fim da década de 1990, foram muito importantes para em uma parcela significativa da população a percepção de que o cinto de segurança salva vidas. “O problema é que na última década esse assunto ficou soterrado e nós perdemos um ótimo momento de adesão surpreendente para aproveitar e encaixar os outros assuntos que também matam no trânsito, como o uso de bebidas alcoólicas e o excesso de velocidade”, afirma.

 

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Fonte: Portal Uai


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