Notícias

Postos já ajustam gasolina e governo diz que vai fiscalizar


Enviado em 31 de Janeiro, 2013

Percentual de álcool na mistura vai passar para 25% em maio

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o reajuste no preço da gasolina, de 6,6% anunciado na terça pela Petrobras, chegará menor para o consumidor, em cerca de 4%. Mas o que se viu nas bombas dos postos de combustível de Belo Horizonte e região foram repasses de até 10%, como foi o caso de um estabelecimento no bairro Lagoinha.

Embora o reajuste da Petrobras é da distribuidora para os postos, muitos estabelecimentos nem esperaram os estoques acabarem para aumentar o preço do combustível. Os postos que não aumentaram imediatamente foram contemplados com um fluxo enorme de consumidores atrás de preços ainda sem reajustes.

A  reportagem de O TEMPO, se passando por consumidor, procurou dez postos na capital e verificou que oito deles aumentaram seus preços ontem mesmo. O posto Gameleira, na região Oeste da capital, alterou o valor da gasolina de R$ 2,799 para R$ 2,899. O diesel saltou de R$ 2,189 para R$ 2,279. "Tivemos que aumentar, não tem como ficar sem reajustar", diz o gerente Adler Glecco. Ele explica que o aumento do combustível impacta na margem de lucro. Dessa forma, sem o repasse, a margem iria ficar negativa.

O servidor público Gabriel Rocha não conseguiu abastecer com o preço de terça-feira, antes do anúncio de aumento de 6,6% para gasolina comum e 5,4% para o diesel nas refinarias da Petrobras." Abasteci bem caro hoje (ontem). Meu tanque cheio custava no máximo R$ 130. Agora, deu R$ 155", reclama.

De acordo com ele, o aumento nos preços não foi um caso isolado. "Todos os postos aumentaram, passei em frente de uns oito entre Contagem e Betim, que tenho costume de abastecer. Todos já estão com preços alterados", observa. O professor de economia da FGV/IBS, Mauro Rochlin, observa que o aumento da gasolina não será capaz de sanar a defasagem do preço da Petrobras que, segundo especialistas, é da ordem de 15%. "Só que os combustíveis têm impactos diretos e indiretos na inflação", diz.

Governo. O cálculo de Mantega de reajuste de 4% para a gasolina deverá ocorrer, conforme ele, porque a produto vendido nas bombas conta ainda com um percentual de álcool. Ontem, o governo anunciou que a mistura vai pular dos atuais 20% para 25% no dia 1º de maio, afim de diluir o aumento do derivado do petróleo. De acordo com o ministro, o reajuste é uma política determinada pela Petrobras. "Depende do preço internacional do petróleo e de uma série de outros fatores. Não sou eu que defino isso", disse.

O anúncio do aumento do percentual do álcool na gasolina veio acompanhado de um aviso do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: reajustes "abusivos" de preços da gasolina nos postos serão fiscalizados "com rigor". "O aumento de preços foi de 6,6% nas refinarias, então não pode chegar a 10%, por exemplo, nos postos. O mercado é livre, mas não pode se exceder. O governo vai fiscalizar com rigor", disse Lobão, depois de uma reunião com representantes do setor sucroalcooleiro e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Frete em Minas vai ficar 3% mais caro, diz transportador


Com o aumento de 5,4% do diesel, o frete em Minas Gerais fica 3% mais caro, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Sérgio Pedrosa. "O impacto é imediato", diz.

De acordo com ele, os gastos com combustível representam de 25% a 40% dos custos das empresas do setor. A estimativa de Pedrosa é bem próxima da feita pelo presidente da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga (ABTC), Newton Gibson, que prevê alta de 3% a 4% no custo do frete rodoviário de cargas.

Ele classificou o impacto do aumento como significativo, já que "tudo que se move neste país é feito por rodovias". O presidente do movimento União Brasil Caminhoneiro, Nélio Botelho, prevê alta na casa de 10% nos fretes. "Hoje, estamos com o frete defasado em média 19%, mas não sabemos se o mercado vai aceitar o repasse", diz.

De acordo com ele, o combustível é o insumo mais expressivo, respondendo por cerca de 40% dos custos. "Hoje, de 20% a 28% do valor do produto é frete", observa. (JG/AE)

 

Fonte: Jornal O Tempo


Hist?rico

Você jovem, faça o alistamento online

Enviado em: 19 de junho de 2019

Notícias

Dicas de preservação do meio ambiente no transporte

Enviado em: 19 de junho de 2019

Notícias

Itatiaia entrevista diretor do Setcemg

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Expediente durante a Copa América

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Faça parte da campanha de doação de sangue da COMJOVEM

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Mais lidas

Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais

Av. Antônio Abrahão Caram, 728 | Bairro Pampulha
Belo Horizonte - MG | Cep: 31275-000

Telefone: (31) 3490-0330

© 2015 SETCEMG Todos os direitos reservados