Notícias

Tarifa de pedágio da BR-040/MG/RJ foi reajustada pela ANTT

Pedágio ficou R$0,20 mais barato na BR-040. Valor passou de R$ 12,60 para R$ 12,40. Decisão da ANTT, também inclui o aporte de R$ 188 milhões.

As tarifas de pedágio nas praças da rodovia BR-040 administradas pelo Concer, no trecho que liga Juiz de Fora, Petrópolis e Rio de Janeiro, sofreu um pequeno reajuste pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por meio de Revisão Extraordinária, na semana passada. A tarifa básica passou de R$ 12,60 para R$ 12,40 desde o dia 8. Além do reajuste de R$ 0,20, a decisão também inclui o aporte de R$ 188 milhões para a construção da nova pista de subida da Serra, previsto no 12º termo aditivo contratual.

Segundo a ANTT, a revisão tarifária foi feita para manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, que levou em conta a alteração no cronograma da obra da Serra e nas adequações no fluxo de caixa marginal, para o reequilibrar aportes de recursos públicos. Vale lembrar que o valor do pedágio já havia sido reajustado este ano. Em agosto, a tarifa sofreu aumento de R$ 11,20 para R$ 12,60, acréscimo de 12,5%.

A ANTT explicou que a alteração na tarifa é calculada a partir de três itens previstos em contrato: reajuste, que tem por intuito a correção monetária dos valores; revisão, que visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro celebrado no contrato de concessão - revisões extraordinárias podem ocorrer a qualquer tempo e abrigam os fatores de desequilíbrios derivados da inclusão/revisão de valores de novas obrigações, não previstas inicialmente no contrato; e arredondamento tarifário: tem por finalidade facilitar a fluidez do tráfego nas praças de pedágio e prevê que as tarifas devem ser múltiplas de R$ 0,10.

Já valor do aporte será repassado em duas parcelas. A primeira, de R$ 1.967.673,32, deverá ser pago a qualquer momento. Já a segunda, de R$ 186.185.407,64, será paga na conclusão da obra, previsto para 31 de dezembro de 2020.

Confira quanto ficou os valores:

Automóvel, caminhonete e furgão – R$ 12,40

Caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão – R$ 24,80

Automóvel e caminhonete semi-reboque (3 eixos) – R$ 18,60

Caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator co semi-reboque e ônibus com três eixos (3 eixos) - R$ 37,20

Automóvel e caminhonete com reboque (4 eixos) – R$ 24,80

Caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque (4 eixos) – R$ 49,60

Caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque (5 eixos) – R$ 62

Caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque (6 eixos) – R$ 74,40

Motocicleta, motonetas e bicicletas motorizadas – R$ 6,20

Impacto no TRC

Segundo o vice-presidente do Setcemg e da Fetcemg, Gladstone Lobato, as despesas com pedágios são pesadas para os transportadores e toda redução significa um alívio momentâneo para os empresários. “Os cálculos variam muito, mas a média é de 7,5% do custo do frete”, afirma.

Gladstone lembra que, recentemente, o pedágio sofreu aumento de 12,5% e a queda foi insignificante, na comparação. “Toda notícia de redução de custo é uma vitória, mas o fato é que mal recebemos a notícia de reajuste e os embarcadores já começam a pressionar os empresários pela redução no frete”, destaca.

O diretor lembra que o setor produtivo sempre questionou o descaso do governo com as rodovias. "É indiscutível que utilizar uma rodovia bem conservada e com menos risco de acidentes e prejuízos para caminhões, cargas e vidas é melhor do que trabalhar em rodovias não concedidas com o risco constante de acidentes, mas há de se observar que o custo do pedágio a cada ano representa uma maior parcela do custo total do transporte”, finaliza.

Com informações do portal G1

Foto: Arquivo/O Tempo