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Paralisação dos caminhoneiros está rachada, diz dirigente sindical


Enviado em 05 de Novembro, 2015

Gilberto Gomes da Silva, diretor do Sinditac Sudoeste, declarou que entidades não apoiam paralisação

  

Um grupo de caminhoneiros está anunciando greve no setor a partir da próxima segunda-feira, dia 09. A promessa de paralisação é fomentada, principalmente, por mensagens em redes sociais. No entanto, existem fortes indícios de que a greve será esvaziada por uma rachadura dentro do próprio setor.

 

O representante dos caminhoneiros autônomos da região sudoeste do Paraná, Gilberto Gomes da Silva, declarou em entrevista à Onda Sul FM nesta terça-feira (03) que na região a categoria não vai aderir à paralisação prevista para o dia 09. Segundo ele, não existe identificação com os interesses defendidos pelos grevistas.

 

“O que estão semeando pelas redes sociais é uma paralisação de caminhoneiros que querem o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas essa não é a decisão da categoria representada pelos sindicatos. Isso é coisa de um grupo que atende a interesses políticos, que se juntou com alguns movimentos criados no início apenas para tumultuar e não para lutar por direitos. Nós paramos em fevereiro e março e de lá para cá muitas coisas boas aconteceram e outras reivindicações estão sendo discutidas, por isso não pretendemos paralisar, até por que isso traria mais prejuízos ao comércio e aos agricultores”, declarou.

 

O diretor-executivo da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso, Miguel Mendes, também afirma que os associados não vão aderir à paralisação. “Esse momento não representa os caminhoneiros. Eles estão com outros objetivos que não são os nossos, que é lutar pelo segmento de transportes. Quando a gente enxergou isso resolveu se manifestar contrário. Não contra a manifestação, mas contra a idoneidade dessas pessoas que estão à frente da manifestação. Eles querem a queda do governo”, diz Mendes.

 

Apesar das afirmações dos dirigentes, o presidente do Comando Nacional dos Transportes, Ivar Schmidt, não acredita em esvaziamento da greve e destaca que a pauta é também política, mas enfatiza os interesses do setor. “A pauta é política, mas diz respeito à categoria. Essa presidente que aí está deu declarações desprezando a categoria, dizendo que não precisava de caminhões. A categoria não vê a presidente com bons olhos de jeito nenhum. Há 8 meses nós entregamos a pauta e nenhum item foi cumprido adequadamente”, destaca.

 

Segundo Schmidt, mais de 5800 lideranças do setor já confirmaram adesão à greve e devem acontecer bloqueios nas rodovias a partir das 6h da manhã do dia 09. Segundo ele, já estão confirmadas paralisações em Minas Gerais, Goiás, Tocantins e regiões nordeste e sul.

 

Diversos sindicatos de autônomos se posicionam contrários à paralisação, como Fetrabens (São Paulo), Sinditac (Goiás) e Fetac (Minas Gerais).

Veja a notícia completa com os comunicados dessas entidades aqui

 

Fonte: RBJ Notícias

 

Veja o comunicado da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA):

 

Manifestação no dia 09 de novembro: comunicado da CNTA

Diante de mais uma pretensa paralisação de caminhoneiros convocada por grupos de internet, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) comunica que:

 

1 – sempre manifestamos nosso apoio a movimentos de interesse específico da categoria dos caminhoneiros autônomos, organizados ou não, desde que haja representantes que respondam pelos atos que praticam;

2 – consideramos imoral e repudiamos qualquer mobilização que se utilize da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o Governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria;

3 – paralisações, greves e protestos são legítimos em um regime democrático, mas assim como acontece com outras categorias profissionais, as entidades sindicais que têm a prerrogativa legal de deflagrar uma greve, passam obrigatoriamente pela elaboração de uma pauta de reivindicação específica da categoria que representam, para ser aprovada em assembleia geral, que é quem tem, ao final, a legitimidade de deflagrar uma greve;

4 – Os caminhoneiros há muito vêm construindo a sua organização de representação sindical. Não podemos admitir agora que pessoas estranhas, sem histórico algum de representação da categoria, utilizem-se do respeito que o caminhoneiro conquistou junto à opinião pública pela força e importância que exercem na economia do país. Força essa reconhecida pelo governo sobre a necessidade de suas reivindicações serem discutidas mais abertamente;

5 – hoje podemos contar com o Fórum Permanente do Transporte Rodoviário de Cargas que foi criado para ser um canal aberto e direto do setor de transportes com a inovação de estar conjuntamente sendo representado por caminhoneiros autônomos, empresas de transporte de cargas, embarcadores e Governo;

6 – a CNTA se constitui hoje em seis federações e mais de cem sindicatos de caminhoneiros autônomos de todo o país. Por isso, respeitamos qualquer manifestação de interesse público de forma organizada. A rodovia é o escritório de trabalho dos caminhoneiros, assim como o mecânico tem a oficina, o bancário trabalha na agência.  Portanto, o direito de manifestação e participação espontânea não deve ser confundido com a interrupção de rodovias obrigando a paralisação de quem precisa trabalhar ou não concorda com a manifestação;

7 – é importante registrar as graves consequências que um bloqueio de rodovias traz tanto para os transportadores que delas se utilizam, como para a sociedade em geral. É incalculável o prejuízo econômico, social e pessoal que esse tipo de atitude traz. Neste momento, consultada a categoria, ela manifesta sua necessidade de trabalhar e não de paralisar. Até porque a dificuldade econômica por que passamos, não é exclusividade dos transportadores rodoviários, e sim de todo o país;

7 – entendemos e reconhecemos a frustração tanto dos caminhoneiros como da população com a situação econômica do Brasil. No entanto, a CNTA acredita em uma guinada, a exemplo de outros países considerados potências econômicas, que também passaram recentemente por crise financeira, mas com a luta e apoio da população, de forma inteligente e organizada, viraram o jogo e estão novamente em crescimento;

8 – Ao consultar a sua base de representação, a CNTA e as entidades que a compõe, federações e sindicatos, optam pela defesa dos interesses dos caminhoneiros, por meio do diálogo e negociação com o Governo Federal e setor privado.

A CNTA alerta ainda que antes de qualquer pessoa se intitular uma liderança e promover uma paralisação nacional é preciso partir da premissa que uma crítica deve vir acompanhada de uma sugestão. Gritos de ordem incitando protestos podem conseguir apoio e simpatia, mas sem propostas concretas de nada adiantam.

 

Curitiba, 04 de novembro de 2015

Diumar Bueno - Presidente


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