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Gasto com segurança chega a 15% da receita de transportadoras
Enviado em 12 de Março, 2015
No último levantamento, de 2013, valor das mercadorias furtadas no país ultrapassou a quantia de R$ 1 bilhão
É cada vez maior o volume de roubo de cargas nas estradas brasileiras que, de acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) atingiu a casa de R$ 1 bilhão em 2013 e deve ter ultrapassado este montante no ano passado. Os números de 2014 somente começarão a ser divulgados nos próximos meses. Representantes das transportadoras no Estado são unânimes em dizer que a quantidade deste tipo de delito vem aumentando substancialmente desde 2010 e que, em função do crescimento, os gastos com segurança das empresas do setor, em alguns casos, já ultrapassam 15% da receita.
As estimativas para o resultado de 2014 são preocupantes, uma vez que os estados do Sudeste, que tradicionalmente respondem por mais de 80% dos registros, tiveram aumento no número de casos no decorrer do ano. Tratando-se especificamente de Minas Gerais, de janeiro a junho de 2014 foram 141 casos de roubo de carga em BRs, um a cada 31 horas, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas estradas estaduais, segundo as ocorrências nos primeiros quatro meses do ano passado, houve um a cada 64 horas, contra uma a cada 84 horas em 2013, conforme dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
De acordo com o consultor técnico do Sindicato e da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg e Fetcemg), Luciano Medrado, o que vem ocorrendo no país há alguns anos é o aumento da insegurança nas rodovias federais e estaduais, acompanhado da especialização dos bandidos.
"O prejuízo não para de crescer. Se as cifras chegaram a R$ 1 bilhão em 2013, no ano passado foi maior. Infelizmente nossa base de dados é precária e não contabiliza ao certo o montante do Estado, mas as estimativas da entidade nacional nos fornecem uma noção", afirma.
Com isso, segundo ele, as empresas estão se vendo obrigadas a adotar medidas próprias para tentar aumentar a segurança e amenizar as perdas. Entre as ações estão sistemas de gerenciamento de risco, seguros e até escolta armada. "Há empresas que transportam um valor agregado de carga muito elevado e chegam a comprometer até 15% da receita com medidas de segurança. Se este número parasse por aí, tudo bem. O problema é que ele só tem crescido", explica.
Empresas - No caso da Empresa de Transportes Martins Ltda, sediada na Capital, o volume de roubos de cargas da frota aumentou em 4% no ano passado sobre o exercício anterior. De acordo com o presidente da empresa, Ulisses Martins Cruz, a alta é preocupante, já que também é recorrente. "Estamos investindo cada vez mais em segurança", diz.
Embora não revele as medidas que tem adotado para driblar a situação, por questões, inclusive, de segurança, o presidente destaca que os gastos neste caso já representam 9% dos custos da empresa e têm aumentado proporcionalmente ao volume de furtos.
Na JFW Transportadora, sediada em Machado, no Sul de Minas, a situação não é diferente. Segundo o diretor Fábio Teodoro de Lima, os furtos na frota da empresa aumentaram 12% em 2014 sobre 2013. "Tivemos pequenos sinistros e uma grande ocorrência, que incrementou ainda mais este número, pois levaram uma carreta inteira", lamenta.
Para ele, a própria falta de segurança das rodovias e a especialização cada vez maior dos ladrões são os principais responsáveis pelo aumento dos delitos. "A gente investe em segurança especializada, tecnologia de ponta, mas eles também estão cada vez mais experts no assunto. Para se ter uma ideia, já existe uma ferramenta que desativa os rastreadores dos veículos", exemplifica.
No caso da transportadora, que conta com 120 veículos, além do gerenciamento de risco há um sistema de gerenciamento na empresa que acompanha a entrada e a saída dos carros e das mercadorias, bem como os prazos de entrega. Além disso, a equipe está sempre em treinamento e os motoristas passam por sindicância sempre que necessário. "Fazemos um trabalho sério de conscientização, orientando que as paradas sejam feitas sempre em locais de menor índice de roubos e em postos credenciados", ressalta. Os gastos da JFW com segurança já representam 8% da receita.
Não são somente as transportadoras que sofrem com o roubo de cargas. O frigorífico Saudali, com sede em Ponte Nova, também tem sido alvo constante de ataques. Conforme a gerente geral da empresa, Marina Henrique, de outubro de 2014 para cá o número de assaltos praticamente dobrou em relação a períodos anteriores.
Além do desgaste psicológico dos trabalhadores que passam pela violência, segundo a gerente há o prejuízo com o produto e ainda com as entregas que são feitas com atraso, prejudicando a empresa, os clientes e o consumidor final. "Para tentar resolver essa situação, estamos trabalhando na averiguação dos envolvidos nos casos recentes, proibimos saídas à noite, e estamos orientando aos motoristas para que tomem mais cuidado", diz.
Fonte: Diário do Comércio
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