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CONET&INTERSINDICAL aponta defasagem 14,11% no frete


Mais de 250 lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas de todo o país se reuniram no 1º Conet&Intersindical, realizado neste ano em Salvador, para discutir os custos dos transportes. Minas esteve representada pelo presidente do Setcemg, Sérgio Pedrosa, e pelos diretores da Fetcemg, Paulo Sérgio Ribeiro da Silva e Gladstone Lobato.

Durante reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado – CONET –, realizada na quarta-feira (25) em Salvador (BA), que contou com a presença de mais de 250 empresários do setor de transportes de todas as regiões do país, o Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) indicou uma defasagem do frete de 14,11%.

 

O presidente da NTC, José Hélio Fernandes, cumprimentou os empresários e líderes sindicais presentes na abertura do encontro e afirmou a necessidade do segmento em trabalhar a recuperação tarifária dos fretes praticados hoje. “Desde que assumi a presidência, verifiquei que precisávamos trabalhar com a recuperação tarifária do setor. Esse trabalho envolve também um grande diálogo que o setor deve ter entre sociedade e mercado. Temos que tomar uma atitude, ter posicionamento e, para isso, precisamos gerir nossas empresas de maneira profissional e eficiente”.

 

Fernandes também falou sobre o mercado que, muitas vezes, pressiona os empresários para baixarem suas tarifas. “Infelizmente, estamos vendo que outros estão trabalhando por nós: uma hora, o embarcador decide o quanto pode pagar e o empresário aceita; outra vez, é o concorrente que coloca no mercado valores abaixo dos custos, gerando uma concorrência desleal que atinge nosso setor”, salientou.

 

Participaram representando Minas Gerais, o presidente do Setcemg, Sérgio Pedrosa, e os diretores do sindicato e da Fetcemg, Gladstone Lobato e Paulo Sérgio Ribeiro. Sérgio destacou a importância do encontro "com a presença de empresários de todo o Brasil, de todos os estados, o que proporciona uma integração cada vez maior da nossa categoria."

 

Gladstone lembrou que o último Conet que participou foi no início dos anos 80 e depois o evento parou de acontecer. Ele destacou a importância da retomada destes encontros. "Queremos a presença dos empresários neste fórum, não somente de suas lideranças. Precisamos aprender a dar valor aos nossos serviços. Aprender a cobrar pelo transporte que realizamos. E o Conet é uma oportunidade de adquirirmos o conhecimento técnico para saber o valor do nosso trabalho".

 

Durante o encontro, os transportadores tiveram a oportunidade de conhecer o casos de sucesso de empresários que tomaram decisões corretas em momentos de baixa demanda para evitar a bancarrota e garantir a perenidade de suas empresas. "São exemplos bem sucedidos de empresas que ajustaram a quantidade da frota à demanda real e tiveram bons resultados econômicos e financeiros, porque reduziram custos fixos e mantiveram a produtividade", disse Sérgio.

 

O próximo Conet será realizado em julho deste ano em Santa Catarina.

 

Apresentações técnicas

O engenheiro Antônio Lauro Valdívia, assessor técnico da NTC, apresentou o “Estudo de Defasagem no Frete do Transporte Rodoviário de Cargas”. Os dados apresentados são resultado dos números médios das empresas pesquisadas pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos (DECOPE) da NTC&Logística. Uma das planilhas apresentadas foi um demonstrativo de custos de uma viagem. O palestrante mostrou que existem custos diretos e indiretos a serem contabilizados ao longo de um trajeto.

 

Entre os custos diretos, aqueles pagos no momento da viagem, como: combustível, arla, salário do motorista e pedágio; entre os indiretos: impostos, despesas administrativas, seguro, manutenção do veículo, entre outros itens. “Quando o empresário analisa apenas os custos diretos, ele pode ter até 40% de lucro, mas se observar os indiretos, o lucro real fica em aproximadamente 10%. Ou seja, poucas empresas consideram todos estes gastos e, por isso, cobram um frete abaixo de seu custo real, gerando a defasagem”, explicou Valdívia.

 

Além desses demonstrativos, foi apresentado também explicativos sobre Frete Valor (custo indicado hoje entre 0,3 e 1,2%), GRIS (taxa de Gerenciamento de Riscos, de 0,3%), Tabelas de Generalidades de cada especificidade da atividade e Serviços Adicionais (paletização, entrega com veículo dedicado, entre outros). 

 

O coordenador de economia da NTC, José Luiz Pereira, iniciou sua apresentação sobre o Índice Nacional do Custo do Transporte (INCT), explicando rapidamente a peculiaridade e o tamanho do mercado de transportes. “Num mercado com mais de 170 mil empresas de transporte, segundo a ANTT, é impossível haver qualquer controle de preços por meio de tabelas, por isso, cabe a cada empresário negociar seus valores de frete”, salientou Pereira.

 

Durante a explanação, José Luiz explicou que o INCT é uma planilha de custos de referência, assim como o IPCA é para outras generalidades. O INCT é calculado mensalmente e avalia, dentre outros temas, o impacto dos dois últimos aumentos de combustível nas operações de transportes. Esse índice possui duas variáveis: a primeira analisa a Carga Lotação, e a segunda estuda a Carga Fracionada. 

 

O acúmulo dos últimos 12 meses (Jan-14 a Jan-15) no INCT-L foi de 3,86%; já o INCT-L, ficou em 4,18%. Em análise dos últimos 24 meses, os índices ficaram em 12,82% e 12,23%, respectivamente. “Só o combustível, caso considere os dois últimos aumentos, teve um impacto de 4,14% no custo do frete em médias distâncias”, observou Pereira.

 

Após o encontro, a NTC&Logística divulgou uma nota sobre a defasagem nos valores dos fretes e uma análise técnica dos itens que compõem os custos do transporte.

 

Com informações da NTC&Logística


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