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Prêmio CNT de Jornalismo registra história do setor de transporte


Enviado em 04 de Julho, 2012

Há 19 anos, uma denúncia feita pelo repórter Ascânio Seleme, do jornal O Globo, causou alvoroço no cenário político nacional. Reportagens mostraram que o marido da então ministra dos Transportes favorecia empresas e pessoas, o que acabou ocasionando a demissão da gestora na época.

 

A gravidade das acusações, a boa apuração do repórter e as consequências dos fatos para o setor de transporte fizeram de Ascânio o grande vencedor da primeira edição do Prêmio CNT de Jornalismo, em 1994. “Na época ninguém conhecia a premiação e pediram para eu inscrever minha matéria, o que fiz no último dia. Foi o primeiro prêmio que recebi em minha carreira”, conta o jornalista, que iniciou a profissão em 1982 e hoje é diretor de redação do jornal O Globo, em que trabalha desde 1988. Depois disso, ele já recebeu três prêmios Esso e também foi jurado da 16ª edição do Prêmio CNT de Jornalismo.


Integrante da primeira comissão julgadora, o jornalista Alexandre Garcia diz que avaliar as matérias exigiu um trabalho árduo. “Examinamos excelentes matérias naquele ano, houve um número considerável de inscrições. E é um prêmio cada vez mais prestigiado, até porque a área de transporte é muito sensível, muito necessitada de melhorias. Desde a primeira edição até hoje, é interessante dizer que o corpo de jurados sempre foi totalmente isento, não tem nenhum compromisso com o patrocinador do prêmio”, ressalta.

 

Dezenas de histórias e imagens - a foto ao lado, 'Pé no freio na ponte Rio-Niterói', de Marcos Tristão, foi a vencedora da categoria fotografia em 2011 - marcaram as últimas 18 edições. Nesse período, mais de três mil trabalhos concorreram aos R$ 980 mil distribuídos aos vencedores em diferentes categorias. Denúncias de corrupção, fraudes, infraestrutura inadequada e, também, belos exemplos de boas práticas no setor de transporte. “O Prêmio reconhece o papel da imprensa revelando de forma inteligente e responsável a importância da atividade transportadora para o país”, afirma o presidente da CNT, senador Clésio Andrade.

Desde que foi criado, o Prêmio CNT de Jornalismo tem como principal objetivo contribuir para o melhor entendimento, pela sociedade e poder público, da importância da atividade do transporte na vida econômica, política, social e cultural do país, assim como apontar problemas e soluções para a área. Com isso, estimula, divulga e prestigia a produção de reportagens sobre o tema.

Em sua primeira edição, foram apenas três categorias: Grande Prêmio, Mídia Impressa e Televisão. Nos dois anos seguintes, surgiram as categorias de Fotografia e Rádio. Em 2004, com o crescimento do jornalismo web no Brasil, a internet ganhou destaque e, em 2007, junto com a criação do Despoluir – o Programa Ambiental do Transporte da CNT –, foi criada a categoria Meio Ambiente.


Grandes campeões
A cada ano, os trabalhos inscritos na premiação se superam. Além de temas criativos e relevantes, os jornalistas vêm apresentando materiais que impressionam os jurados pela determinação e qualidade técnica.

Até hoje, nove profissionais venceram o prêmio mais de uma vez. Destaque para os jornalistas Alencar Izidoro (Folha de S. Paulo), Cid Martins (Rádio Gaúcha) e Giovani Grizzoti (TV RBS), que ganharam quatro vezes cada um.

Em todas as ocasiões que venceu, Grizotti inscreveu reportagens de cunho investigativo, com denúncias de casos de corrupção e abusos por parte de autoridades nas estradas. “As reportagens acabam auxiliando na resolução dos problemas. Depois de algumas matérias que até foram premiadas, uma de corrupção na Polícia Rodoviária Federal e uma situação de bandidos que aplicavam golpes de seguro, todas as pessoas foram presas. Acredito que reportagens como essas estimulam os outros, que são pessoas honestas, a não caírem em tentação”, pondera o profissional, que venceu na categoria rádio em 1998, 1999, 2001 e 2004, todas como repórter da Rádio Gaúcha.

O jornalista Alencar Izidoro também foi reconhecido com reportagens investigativas. Elas denunciavam máfias dos transportes e más condições de rodovias. “Ser premiado é um grande reconhecimento, especialmente porque a premiação tem se mostrado bastante independente, ao valorizar inclusive reportagens que abordam de maneira bastante crítica a atuação dos empresários do transporte”, afirma ele, que hoje é chefe de reportagem do caderno Poder da Folha de S. Paulo e foi vencedor na categoria impresso nos anos de 2003, 2005 (em parceria com Fábio Schivarthe), 2010 e 2011.

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Outros profissionais que conquistaram mais de uma vez foram Edimilson Ávila (grande prêmio em 2002, e televisão em 2003 e 2004); Domingos Peixoto (foto) (fotografia em 1999 e 2009); Ronaldo de Oliveira (fotografia em 1996 e 1997); Carlos Eduardo Salgueiro (televisão em 1997 e grande prêmio em 1998); Jonas Ribeiro (televisão em 1998 e 1999); e Elaine Gaglione (impresso em 2000 e 2006).

Entre os assuntos que já concorreram ao prêmio, estão análises sobre os problemas e as soluções para o setor, desenvolvimento da infraestrutura de transporte, denúncias de corrupção, condições e necessidades de investimentos nas malhas rodoviária e ferroviária, roubos de veículos e cargas, acidentes de trânsito, transporte ilegal e leis de trânsito.

“Com certeza é considerado um dos principais prêmios jornalísticos do país, e isso é muito raro, pois é de um segmento específico, o de transporte. Ele é um dos mais disputados. Ganhar um Prêmio CNT é tão difícil quanto conquistar um prêmio Esso, o que acaba virando currículo para o jornalista que o conquista”, ressalta Giovani Grizotti.

 

 

Fonte: Agência CNT de Notícias

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