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Indústria deve ter queda de 1,5% em 2014
Enviado em 17 de Dezembro, 2014
Retração no segmento de transformação no país é ainda maior e é estimada pela CNI em 3,5% neste ano
Brasília - A indústria deve fechar o ano com retração de 1,5%, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada ontem. De acordo com a entidade, a queda no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria de transformação será ainda maior: 3,5%. Na estimativa, a economia brasileira permanecerá estagnada, com crescimento de apenas 0,3%, e a inflação terminará 2014 em 6,4%.
A CNI estima ainda que as importações irão superar as exportações em US$ 4,5 bilhões em 2014, o primeiro resultado negativo em quatorze anos. "Recuperar a capacidade da indústria é o desafio que temos. bom lembrar que nos anos em que o Brasil cresceu de forma mais vigorosa, a indústria liderou esse crescimento", afirmou o gerente-executivo de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Branco.
As projeções da entidade para o próximo ano são mais otimistas. A economia brasileira deve crescer 1%, seguindo a expansão da indústria, cujo PIB deve crescer também 1%. Tal avanço depende, contudo, do sucesso do ajuste fiscal promovido pela nova equipe econômica, afirma a entidade. Caso ele seja feito, os investimentos e a atividade voltarão a crescer no segundo semestre.
"O consumo vai continuar com sua trajetória de moderada desaceleração. Não podemos contar com o consumo nem incentivá-lo via crédito. O crescimento tem que ser oriundo de recuperação de investimento e de exportações", afirma Castelo Branco.
A projeção consta na edição especial do Informe Conjuntural da CNI, divulgada ontem, na qual a entidade prevê "investimento estagnado" ao longo do próximo ano, acompanhado a queda de 6,7% nos aportes do setor de transformação em 2014.
A confederação estima que o consumo interno deve desacelerar em 0,7% em 2015, o que será acompanhado por uma maior taxa de desemprego da população economicamente ativa (PEA), cuja estimativa é de 5,2%. Em 2014, o índice de desemprego medido pela CNI deve encerrar o ano em 4,8%, o menor desde o início da série história em 2003.
O consumo, segundo a entidade, deve ter uma queda de 1,4% neste ano. O déficit da balança comercial do país em 2014 é esperado em US$ 4,5 bilhões pela CNI, apontado como o "pior resultado dos últimos 16 anos". A entidade, contudo, prevê movimento reverso "moderado" para 2015, com saldo positivo em US$ 7,5 bilhões.
Alavanca - Castelo Branco estima como baixo o potencial do consumo interno liderar a retomada do crescimento do PIB em 2015. "Temos observado nos últimos anos uma redução no consumo da família. Não é uma característica apenas de 2014, mostrando que apenas o consumo como uma alavanca de crescimento não é o melhor. preciso retomar os investimentos", disse.
"Vemos uma dificuldade de manter um ritmo de crescimento da indústria. Nos anos em que se mostrou um crescimento mais vigoroso, foram nos anos em que a indústria liderou o crescimento. Então, recuperar a capacidade da indústria é o desafio que temos pela frente", afirmou.
No documento, as projeções são negativas, o que levou o economista da CNI a definir como principal desafio do ajuste fiscal ensaiado pelo governo Dilma Rousseff a "retomada do superávit primário".
Segundo Castelo Branco, o medo de investir diante do quadro de baixo retorno sobre aplicações em estrutura industrial, de consumo menor e de baixa estimativa de crescimento do PIB (1%) está levando o empresariado a se preparar para puxar o freio em 2015. "O empresário confiante é aquele que tem disposição e condição de investir, porque a ação de investimento requer uma ação mais confiante em relação ao futuro", disse.
O economista apontou a necessidade de "reduzir o custo de investimento" como passo importante a ser tomado pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Castelo Branco cobrou clareza no ajuste fiscal que o governo fará, o que, segundo ele, será importante para setores como o da construção se recuperarem. "Temos que ter clara as limitações fiscais que as contas públicas nos impõe", indicou.
Infraestrutura - Os desdobramentos da Operação Lava Jato são "um complicador para a economia", mas é importante que as grandes obras não sejam paralisadas em função das investigações. Foi o que defendeu ontem o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. "São empresas com muita tecnologia, muitos anos trabalhando com grandes obras de infraestrutura, com um grande número de trabalhadores", enumerou.
As repercussões da Lava Jato são um dos elementos de incerteza que pesam sobre as projeções econômicas para o próximo ano, divulgadas ontem pela entidade.
Câmbio - A reação da indústria será puxada pela alta do câmbio, que deverá ficar na casa de R$ 2,60 por dólar no ano que vem, atingindo R$ 2,70 em dezembro. um nível ainda abaixo de R$ 3,00, considerado o nível adequado pela entidade.
Porém, seria suficiente para puxar as exportações e permitir uma expansão de 0,8% na indústria de transformação. A CNI conta com uma expansão de 2,5% na indústria extrativa, puxada pelo petróleo. A construção civil, por sua vez, deverá ter crescimento zero - o que é uma melhora em comparação com 2014, quando é esperada uma retração de 4,2%. Os ajustes fiscal e monetário deverão frear a economia no primeiro semestre, mas a partir da metade do ano já é esperada uma melhora no nível de atividade. (AE)
Fonte: Diário do Comércio
Foto: Arquivo
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