Notícias

Pistas em obras: Intervenções em BRs exigem cuidados no fim de ano


Enviado em 15 de Dezembro, 2014

O Estado de Minas mostra condições e serviços nas estradas. Tráfego chega a ser 30% superior ao normal durante este período

Nos caminhos para o litoral ou para o interior, os motoristas mineiros que viajam neste fim de ano devem estar preparados para mais do que o tráfego intenso, que, de acordo com as autoridades rodoviárias, chega a ser 30% superior ao normal neste período e pode se tornar incentivo para ultrapassagens perigosas e alta velocidade. Quem for conduzir suas famílias e amigos enfrentará circuitos em zigue-zague entre interrupções de obras em praticamente todas as rodovias, bloqueios do tipo pare e siga, buracos, chuva e até animais soltos nas vias. Para ajudar no planejamento dos viajantes e informar não apenas sobre os perigos, como também indicar as estruturas para descanso, socorro, abastecimento, refeições e outros serviços que trazem conforto para a jornada, a reportagem do Estado de Minas fez um levantamento sobre as condições de 6.017 quilômetros de estradas que levam de Belo Horizonte para os destinos mais procurados pelos mineiros no Natal e no ano-novo.



As rodovias que chegam à Bahia, ao Espírito Santo, ao Rio de Janeiro, a São Paulo, a Brasília, a roteiros do Sul de Minas, ao Centro-Oeste, ao Vale do Aço, à Serra da Canastra, a Furnas, ao Triângulo e a cidades históricas têm 3.907 (65%) quilômetros nos quais os motoristas devem redobrar sua atenção. Segundo o levantamento feito a partir de informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), de concessionárias e das polícias rodoviárias Federal (PRF) e Militar (PMRv), a maior parte da extensão total pesquisada, com 3.033 quilômetros (50%), inspira cuidados por conta de obras, grande volume de veículos, curvas e travessias perigosas. Os trechos críticos, com poucos pontos de ultrapassagem, alto índice de acidentes e muitas intervenções, chegam a 874 quilômetros, ou 15% do total, restando 2.110 quilômetros (35%) considerados bons, com pistas que permitem ultrapassagens seguras, bem sinalizadas, asfalto intacto, acostamento bom e presença satisfatória de socorro e serviços.



O grande volume de obras, principalmente na BR-381, sentido Vale do Aço, que vem sendo duplicada, e nas recém-assumidas por concessionárias, como a BR-040 – de Juiz de Fora a Brasília –, e a BR-262 – de Betim a Uberaba –, que recebem manutenção e adequação de trechos, é uma situação a mais de perigo, sobretudo para quem vai rodar antes ou depois das vésperas e datas dos feriados, quando as intervenções são suspensas. Para se ter ideia desse perigo, no último período de festas, quando não havia tantas obras, entre 20 de dezembro de 2013 e 1º de janeiro de 2014, foram 112 pessoas mortas nas estradas mineiras, uma a menos que no mesmo período anterior.

“As estradas estão em condições de pavimento melhores, mas os motoristas devem se deparar com muitas obras e carros. O importante é não querer compensar o tempo perdido com ultrapassagens indevidas e alta velocidade”, alerta o porta-voz da PRF em Minas, inspetor Aristides Amaral Júnior. Ele lembra também que há previsão de chuvas.

 

BR-381: trecho entre BH e Monlevade é o mais perigoso em Minas Gerais

Com alto índice de acidentes, rodovia liga Belo Horizonte a litorais capixaba e baiano

 

O trecho da chamada Rodovia da Morte entre Belo Horizonte e João Monlevade é o pior e mais perigoso dentro da malha mineira, mas precisa ser percorrido por quem vai viajar para o Vale do Aço e para os litorais capixaba (BR-262) e baiano (BRs-381 e 116). De acordo com levantamento feito pela reportagem do Estado de Minas avaliando os trechos da BR e as informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do total de 2.216 quilômetros de vias que se somam à 381 e seguem a partir de lá para destinos como a Bahia e o Espírito Santo, como as BRs 101, 116, 262, 324, 367 e 418, 1.598 quilômetros (72%) estão em condições que inspiram cuidados por conta de intervenções para ampliação, reparos, curvas fortes e travessias urbanas perigosas. A extensão considerada boa para rodar, que é de 310 quilômetros, praticamente se equivale aos trechos considerados críticos com alto índice de acidentes, que chegam a 308 quilômetros, cada uma representando 14% do total.



O grande movimento de veículos de transporte de cargas começa junto com a estrada, no Anel Rodoviário de BH, e é apontado pela PRF como um dos fatores mais preocupantes por a via ser de pistas simples, com poucas áreas de ultrapassagem e ter obras em quase toda extensão até Governador Valadares. No início da estrada há tantos caminhões se espremendo entre carros e ônibus que os veículos de carga transformaram acostamentos em pistas de rodagem, não deixando espaços para carros enguiçados ou que precisam de reparos.



Nos postos de combustível do Bairro Capitão Eduardo, em BH, e em Simão Cunha, em Sabará, há pontos para abastecimento, restaurantes, lojas de conveniência, mecânicas e borracheiros para revisar algum problema no veículo. Essas estruturas acabam sendo boas saídas para quem esqueceu algum detalhe ou decidiu viajar em cima da hora.



Logo no primeiro município que a BR-381 corta, Sabará, a reportagem encontrou um perigo que tem se tornado recorrente. A apenas 500 metros do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro vacas pastavam à beira da estrada, amarradas de forma precária e ameaçando invadir o pavimento. Uma delas estava presa a uma corda que tinha sido laçada numa raiz de um pé de mamona, planta frágil demais para comportar o porte do animal, caso tentasse escapar. Algo que parecia iminente, pois os animais paravam a todo momento de pastar quando escutavam, assustados, as altas buzinas das carretas que passavam a menos de três metros dos bovinos. 



Situação semelhante foi encontrada pela reportagem, em setembro, em Ravena. Cinco pôneis que pastavam soltos à beira do acostamento de uma curva fechada. Ao ver a reportagem fotografando os animais soltos, dois empregados da propriedade de onde os animais saíram correram até o local e tocaram os pôneis de volta para o sítio. Um dos trabalhadores, Ildo Carlos Guilherme, de 57 anos, tentou justificar a situação. “Teve um acidente há quatro meses e um carro arrancou a cerca. Por isso, os animais estão fugindo para a rodovia. A gente precisa prendê-los em outro pasto”, disse. A PRF informou que a maior dificuldade nesses casos é descobrir quem são os donos dos animais para puni-los.


SINALIZAÇÃO Adiante, em Ravena, distrito de Sabará, há mais pontos de apoio onde os viajantes podem fazer refeições, descansar e utilizar de pequenos reparos. Os ferro-velhos com carcaças de aço retorcidas de veículos vítimas de acidentes são mais um alerta para motoristas nesse trecho montanhoso serpenteado por curvas fechadas. “A maior dificuldade para o motorista na BR-381 é a grande quantidade de curvas que precisam ser feitas até João Monlevade. O melhor a se fazer é respeitar os limites de velocidade e de ultrapassagem da sinalização, planejar bem as ultrapassagens, que são a causa mais frequente de acidentes”, afirma o porta-voz da PRF em Minas, inspetor Aristides Júnior.

 

Obras em vários pontos exigem cuidado redobrado na BR-040

BR que liga BH a Brasília e ao Rio está tomada por obras. Com isso, motorista Gasta mais tempo na viagem, mas Vantagem da rodovia é ter trechos duplicados

 

As chuvas desta temporada e as obras de modernização e ampliação fizeram da BR-040 uma das rodovias com mais pontos de intervenções no caminho dos mineiros para o litoral fluminense, Brasília e destinos correlatos, aumentando as situações de redução de velocidade e precaução. O tráfego pesado, somado às precipitações – principalmente entre Contagem, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Sete Lagoas e Paraopeba –, castiga o asfalto e abre buracos que acabam tendo vida curta devido ao trabalho de manutenção que tem sido rápido na via. Ainda assim, o grande número de pontos de obras obriga motoristas a mudar de faixa e a reduzir seu ritmo. Com esse trabalho e os trechos já duplicados, de Juiz de Fora ao Rio de Janeiro, a rodovia apresenta melhores condições que a BR-381, por exemplo. Em levantamento feito pelo Estado de Minas com autoridades de trânsito, gestores da via e análise dos trechos, dos 1.544 quilômetros da BR-040 e de destinos que partem de lá, 741 quilômetros (48%) estão bons, 628 (40,7%) inspiram atenção e 175 (11,3%) estão em condição crítica.

No caminho para o Rio de Janeiro, onde a rodovia só é duplicada com separação de sentidos e acostamentos após Juiz de Fora, o primeiro trecho mais delicado fica de Congonhas a Conselheiro Lafaiete, onde o tráfego é intenso, há curvas fechadas, grande movimento e travessia de veículos e pedestres em áreas urbanas. Outro percurso que exige atenção é entre a saída de BH e o trevo de Ouro Preto. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trecho é perigoso, sobretudo quando chove, e tem registrado graves acidentes. Um deles ocorreu na noite de sábado, na altura do Km 557, quando o coordenador do curso de direito da PUC Minas, Guilherme Ferreira da Silva, de 40 anos, perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore no canteiro central. Além do professor, morreram a mulher dele, Flávia Medeiros, e os dois filhos do casal, Mateus e Vítor.

 

 

Entre Carandaí e Juiz de Fora, um trecho de 109 quilômetros se encontra em reparos e intervenções pela concessionária Via 040, mas sem interrupções totais de tráfego. Quando se entra no trecho concedido e pedagiado, a partir de Juiz de Fora, há mais postos de socorro, comércios e serviços. Mas, a partir de Petrópolis, o motorista enfrenta mais problemas. Nos 16 quilômetros até Duque de Caxias, a pista será interditada totalmente durante explosão de rochas, por até 30 minutos.



No sentido oposto, rumo a Brasília, região das grutas de Cordisburgo, Caetanópolis e Sete Lagoas, a BR-040 também apresenta intervenções pela concessionária Via 040, num trecho de 120 quilômetros entre a capital mineira e Paraopeba.



Pelo cronograma da Via 040, não haverá interrupções de tráfego para obras entre os dias 23 e 26 de dezembro e do dia 30 de dezembro ao dia 2 de janeiro, além dos dias 4 e 5 do próximo mês. Nos dias 27, 28 e 29 de dezembro e 3 de janeiro, há possibilidade de interdições parciais do trânsito.



Diamantina - Os abusos de velocidade e a falta de sinalização marcada no asfalto, de acordo com a PRF, são os maiores problemas da BR-135, caminho para a histórica Diamantina e o Alto Jequitinhonha, a partir do trevo de Curvelo da BR-040.

 

Rodovia Fernão Dias está cheia de armadilhas para motoristas; saiba onde

Levantamento feito pelo EM revela que motoristas enfrentam obras, curvas e travessias perigosas em 43% do trecho que liga a capital mineira a São paulo

 

Seja na pista duplicada e de sentidos separados que leva a São Paulo e às cidades do Sul de Minas, ou no trajeto sinuoso e cercado por canteiros de obras, na direção da Bahia, Espírito Santo e Vale do Aço, a BR-381, rodovia mais movimentada e perigosa de Minas Gerais, reserva poucos trechos de condução tranquila. Em levantamento feito pela reportagem do Estado de Minas, os destinos que se irradiam dessa estrada se prolongam por 3.271 quilômetros, dos quais, segundo informações das autoridades rodoviárias, responsáveis por sua gestão e análise dos trechos, há 2.055 quilômetros (63%) que inspiram atenção, 584 (18%) em estado crítico e quase a mesma extensão, 632 (19%), em boas condições de tráfego.



No sentido São Paulo, a BR-381 é duplicada, mas enfrenta outros problemas. “O volume de veículos é muito grande, sobretudo de caminhões. Por causa das boas condições do pavimento a alta velocidade se torna uma preocupação e é a maior causa de acidentes, principalmente quando chove e muitos carros perdem o controle devido a aquaplanagem pelo acúmulo de água na pista”, afirma o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Aristides Amaral Júnior.



No caminho para São Paulo, São Tomé das Letras, Caxambu, Poços de Caldas, Campos do Jordão e São Lourenço, pelas rodovias federais, BRs 381, 267, 383, 491 e 459, e estaduais, LMG-862, MG-167, MG-453, MG-173, MG-040 e SP-046, dos 1.055 quilômetros avaliados pelo EM, 457 (43%) devem ser rodados com atenção por causa de obras, curvas fechadas e travessias perigosas. Condutores encontram boas condições de tráfego em 322 quilômetros (31%) da extensão dessa malha e devem redobrar seus cuidados em 267 quilômetros considerados críticos por terem pavimentação precária, falta de sinalização e alto índice de acidentes.



O pior trecho da viagem de BH a São Paulo fica ainda na Grande BH. Entre Contagem e Betim estão dois dos trechos mais mortíferos do país, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicadas (IPEA), o primeiro entre os KMs 480 e 490, e o segundo entre os KMs 490 e 500. Os trechos coincidem com áreas urbanas densamente povoadas desses municípios e de travessia para bairros, injetando um tráfego local e mais lento numa rodovia de grande fluxo de passagem.



Fiscalização

Por esse motivo, o viajante que for rodar por longas distâncias pode preferir deixar a zona urbana mais densa da Grande BH e procurar fazer sua primeira parada para tomar café, beber água, fazer um lanche ou conferir combustível, óleo e alguma condição mecânica ou elétrica do veículo mais adiante, em São Joaquim de Bicas ou Igarapé. Quem preferir adiantar um pouco mais a viagem antes da primeira parada, pode rodar até Três Corações, que fica a 280 quilômetros do Anel Rodoviário. Compra de alimentos, abastecimento ou recarga de óleo podem ser feitas também antes, em Oliveira ou Carmópolis de Minas, ou adiante, em Varginha e Pouso Alegre, antes de entrar em São Paulo.



Nos trechos mais perigosos da rodovia a PRF já reforçou sua vigilância. Além de contar com homens parados em pontos estratégicos para policiar os condutores e do uso de radares móveis para inibir a alta velocidade, agentes estão sendo posicionados em locais adiante das fiscalizações onde usam lunetas para ver de longe os caminhões, carretas e carros que trafegam for a da faixa devida, realizam ultrapassagens proibidas e trafegam pelos acostamentos. Os agentes de luneta comunicam as infrações para os policiais adiante que param os veículos infratores e os multam. “Aqui, no caso da BR-381, o tráfego de veículos de carga é muito intenso com destino ou vindo de São Paulo. Por isso, boa parte das infrações é cometida por esses veículos”, observa o policial que fiscaliza o trecho, agente Luiz Pacheco.

 

Fonte: Estado de Minas

 


Hist?rico

Você jovem, faça o alistamento online

Enviado em: 19 de junho de 2019

Notícias

Dicas de preservação do meio ambiente no transporte

Enviado em: 19 de junho de 2019

Notícias

Itatiaia entrevista diretor do Setcemg

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Expediente durante a Copa América

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Faça parte da campanha de doação de sangue da COMJOVEM

Enviado em: 18 de junho de 2019

Notícias

Mais lidas

Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais

Av. Antônio Abrahão Caram, 728 | Bairro Pampulha
Belo Horizonte - MG | Cep: 31275-000

Telefone: (31) 3490-0330

© 2015 SETCEMG Todos os direitos reservados