Notícias
Transportadores chegam ao final de 2014 mais pessimistas
Enviado em 26 de Novembro, 2014
2ª fase de estudo da CNT em 2014 mostra empresários cautelosos devido ao desempenho da economia brasileira; 82,7% tiveram aumento de custos
Os empresários do transporte vão encerrar 2014 com mais pessimismo sobre a economia. Se no início do ano eles já estavam cautelosos, agora estão ainda mais. É o que mostra o resultado da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2014 – Fase 2. O levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte) indica que somente 25,8% dos empresários esperam aumento na receita bruta e 29,4%, aumento no número de viagens ainda em 2014. Em março, esses índices eram 43,2% e 39,3%. Também reduziu a perspectiva de aumento de contratações formais, de 33,3% para 18,2%.
Neste fim de ano, 72,8% não pretendem adquirir mais veículos, embarcações ou material rodante. Esse percentual elevado pode estar relacionado ao fato de que para 61,6%, a taxa de juros aumentará em 2014, o que significa elevação do custo do financiamento. Ao longo do primeiro semestre deste ano, 45,6% dos entrevistados afirmaram ter feito compras de veículos, mas apenas 26,5% declararam ter a intenção de ampliar a frota no segundo semestre.
De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade, essa postura dos transportadores condiz com o menor ritmo de negócios em consequência da situação econômica atual. “Os empresários estão tendo a percepção do baixo crescimento econômico neste ano de 2014. E isso pode estar contribuindo para a redução de aquisição de veículos e de embarcações pelo setor”, afirma.
O segmento que demonstrou estar mais propenso à obtenção de novos veículos foi o ferroviário, em que 50,0% dos entrevistados declararam pretender adquirir vagões e/ou locomotivas. Entretanto, como as maiores expectativas são de manutenção do tamanho da frota (75,0%), essa propensão no ferroviário tem o propósito de promover a renovação do material rodante.
Esta é a sexta edição da Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador, realizada pela CNT. Em 2014, a primeira fase foi no mês de março. Desta vez, as entrevistas foram feitas de 7 a 24 de outubro com 445 empresários dos modais rodoviário (cargas e passageiros), aquaviário (marítimo e navegação interior) e ferroviário (cargas). O presidente da CNT, Clésio Andrade, comenta que o documento é um importante instrumento de análise de conjuntura econômica que auxiliará a Confederação na definição de estratégias futuras e os próprios empresários em seus planejamentos para o próximo ano. O levantamento identifica projeções e perspectivas dos empresários para temas como macroeconomia, investimentos em infraestrutura e atividade empresarial.
Clésio Andrade destaca que os resultados da Sondagem mostram preocupação em relação aos gastos das empresas. “82,7% dos empresários afirmaram que tiveram aumento nos custos operacionais neste ano de 2014”, afirmou o presidente da CNT.
De acordo com o trabalho da Confederação, 81,4% dos empresários não acreditam no aumento da taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano. Para 72,1%, haverá aumento da inflação e 67,1% revelaram que o grau de confiança na gestão econômica do governo é baixo. Na primeira Sondagem de 2014, esses índices foram de 70,9%, 63,2% e 52,3%, respectivamente.
Inflação nos insumos
Os empresários também esperam inflação nos insumos. Para o diesel/bunker (combustível marítimo), 79,6% acreditam que irá aumentar. Em relação a óleo lubrificante, 81,1% preveem elevação dos preços. 68,8% esperam mais gastos com pneus. No caso do transporte marítimo, 28,0% acreditam em aumento das taxas portuárias e 24,0% em aumento na praticagem.
Ações emergenciais
Foram citadas as ações emergenciais em cada modal. No rodoviário, foram apontadas como prioritárias redução da carga tributária (37,1%) e melhorias na qualidade das rodovias (31,2%). No ferroviário, as reivindicações são para melhorias na acessibilidade aos portos (50,0%) e aplicação dos recursos provenientes dos arrendamentos no próprio setor (50,0%). No aquaviário, redução da burocracia (30,0%) e redução da carga tributária (22,0%) são as principais demandas.
Mão de obra
83,4% afirmaram ter dificuldades na contratação de mão de obra. Para os que atuam no transporte rodoviário, os principais motivos são a escassez de profissionais qualificados (67,5%) e os elevados encargos sociais (40,9%). Os empresários do aquaviário consideram a baixa oferta de profissionais qualificados (53,1%) e a falta de escolas de formação (53,1%) as principais causas de dificuldade de contratação. Já os ferroviários apontaram a falta de cursos de qualificação (50,0%), a escassez de mão de obra (25,0%) e profissionais com pouca experiência (25,0%) como principais entraves.
Iniciativa privada e investimentos estrangeiros
A Sondagem constata que 61,8% dos transportadores acreditam que os recursos autorizados pelo governo federal não solucionarão problemas de logística. 86,8% aprovam a participação da iniciativa privada como forma de proporcionar as intervenções necessárias ao setor. Para 54,6%, incentivos fiscais podem estimular esses investimentos privados. Para 75,5% dos empresários entrevistados, os investimentos estrangeiros em infraestrutura poderão contribuir para a melhoria das condições logísticas no Brasil. Mais da metade deles (56,4%) disseram ter conhecimento da criação do NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na opinião de 68,5%, o maior fluxo de investimentos externos pode ser proporcionado com a oficialização do NBD em julho de 2014 e, com isso, mais investimentos em logística. Para 55,1%, a aproximação comercial de Brasil e China beneficiará a prestação do serviço de transporte nacional.
CONCLUSÃO DA PESQUISA
O transportador está pessimista com o futuro econômico do país. Não acredita no aumento do PIB e na solução para a infraestrutura do transporte nos próximos anos. Tem encontrado muitas dificuldades na contratação de mão de obra qualificada, entre outros problemas. Há também expectativa de aumento da inflação e dos custos dos insumos da atividade. O transportador não pretende investir, o que pode comprometer o crescimento do setor e do país.
Confira a íntegra do levantamento
Informações: (61) 3315-7112/ 7140/ 7035/ 7312
Fonte: Agência CNT de Notícias
Hist?rico
Circular 072/2019 - Contribuição Previdenciária – Manutenção dos optantes sobre a Receita Bruta – CPRB no período de julho 2017
Enviado em: 10 de outubro de 2019
Notícias
Circular 051/2019 - Comunicação de infrações ambientais será realizada por watshapp
Enviado em: 10 de julho de 2019
Notícias
Gestores do transporte conhecem práticas inovadoras de Israel
Enviado em: 19 de junho de 2019
Notícias
Setcemg e Fetcemg disponibilizam cartilha sobre Reforma da Previdência
Enviado em: 18 de junho de 2019
Notícias