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Novo cenário para o transporte rodoviário


Enviado em 01 de Junho, 2012

Entra em vigor a partir de 18 de junho próximo a Lei 12.619, que regulamenta a Profissão de Motorista em todo o país. Este será um marco, um divisor de águas, para o Transporte Rodoviário no país.

A lei atinge todos os motoristas, sejam autônomos ou empregados, que trabalham em rodovias e vias públicas e urbanas, excluindo o motorista de zonas rurais. Inclui determinações do Código de Trânsito sobre o tempo de direção: o máximo de 4 horas ininterruptas com intervalo mínimo de 30 minutos para descanso e um descanso interjornadas de 11 horas, podendo ser fracionada em 9 horas mais 2 horas.

Essa regulamentação é resultado de amplo entendimento entre a CNT, Confederação Nacional dos Transportes, a CNTT, Confederação Nacional dos Trabalhadores em transportes, o Ministério Público do Trabalho, as empresas do setor e os motoristas.


Atualmente, devido à elasticidade da jornada do motorista, toda a ineficiência da cadeia logística é ocultada. Os custos reais do transporte são baixos por causa da excessiva carga horária dos motoristas.

 

Felizmente, o governo se sensibilizou e chegou a hora do basta. Chega de tantos acidentes causados pela fadiga e, às vezes, pelo uso de bebidas alcoólicas, drogas e remédios por parte dos motoristas para que se mantenham acordados. A Presidente Dilma Rousseff está de parabéns ao sancionar a lei, ela foi, sobretudo, humana.

 

A produtividade, graças à insana jornada de trabalho, hiper excessiva, dos motoristas, reduz o custo da cadeia logística. No entanto, este baixo custo está custando caro para a nossa sociedade, com as perdas materiais e, o pior, humanas. A condição insegura que hoje predomina nas estradas, coloca em risco não somente o motorista e seu caminhão, mas todos os brasileiros, que usam as vias para se locomoverem. São aproximadamente 60.000 mortes por ano nas estradas brasileiras.

 

Em países do primeiro mundo não existe nada tão apavorante, quanto colocar em risco a vida do motorista e de dezenas de outras pessoas à sua volta. Na Europa existe legislação que determina o tempo de jornada para motoristas profissionais e nesta semana os Estados Unidos reduziram a jornada de 82 para 70 horas semanais.

 

Doravante, no Brasil, toda a cadeia logística terá que reestudar os seus fluxos operacionais. Os mais competentes irão descobrir até formas de redução do custo total através da otimização da frota. Já aqueles que não buscarem a otimização terão seus custos de fretes majorados em, aproximadamente, 30% para cada tonelada transportada. Este custo vai variar de operação para operação. Cada caso será um caso diferente do outro.

 

Soluções inteligentes de logística irão surgir. O caminhão não precisa descansar. O caminhão não tem jornada de trabalho. Mas, o motorista tem. Como aproveitar às 24h do dia para que o caminhão produza o máximo sem sacrificar o motorista? A resposta a esta pergunta é que contratantes e empresas de transporte terão que buscar para reduzirem os seus custos, manterem o nível de serviço necessário e de forma segura.

 

Enfim, as lideranças empresariais deste país precisam olhar com muita atenção para as suas operações de logística e de transportes.

O futuro do transporte no Brasil, mais do que nunca, será diferente à partir de 18 de junho de 2012, data que entrará em vigor a lei 12.619.


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