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Empresas de grande porte devem sofrer mais com a crise


Enviado em 19 de Maio, 2014

SÃO PAULO - A indústria de carrocerias já trabalha com a perspectiva de queda para o ano, diante do quadro desanimador para vendas de veículos. Neste cenário, pequenas e médias devem sofrer menos, avalia a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

 

"Os menores manobram as crises mais rapidamente. Já os grandes estão mais expostos a contratos de fornecedores", afirma o presidente da entidade, Alcides Braga.

 

É o caso da gaúcha Randon, maior fabricante de implementos rodoviários da América Latina. Apesar de ter registrado um desempenho positivo no primeiro trimestre do ano, a companhia afirma que o resultado foi apenas uma recuperação.

 

"Com uma forte redução de custos, conseguimos ter um trimestre aceitável. Porém, o cenário ainda é extremamente desafiador", afirmou ao DCI o diretor financeiro e de relações com investidores do grupo Randon, Geraldo Santa Catharina.

 

O executivo explica que, no primeiro trimestre, dois fatores impactaram o setor: o atraso na liberação do financiamento do BNDES para bens de capital (Finame) e a desaceleração do ritmo de produção das montadoras.

 

"Conseguimos administrar a carteira de pedidos", destaca. Porém, o executivo afirma que existe uma desconfiança no mercado. "A inflação preocupa, assim como as eleições. Os empresários acabam ficando reticentes em investir", pondera.

 

Por esse motivo, o diretor da Randon prefere não fazer nenhuma projeção para o ano. "Existe um cenário nebuloso pela frente, pois apesar da queda no setor automotivo, os principais drivers de vendas da nossa indústria não desapareceram", diz Santa Catharina. Ele destaca a perspectiva de safra recorde de grãos e o incremento em linha marrom e do setor de serviços. "Podemos dizer que ainda temos uma demanda razoavelmente boa", diz.

 

Recentemente, a Randon divulgou paradas nas suas linhas de produção para adequar a oferta da companhia. "Nossas férias coletivas servirão para escoar os estoques de março e abril", justifica Santa Catharina. Ele ressalta que o cenário atual do mercado leva a um viés de baixa, porém, o desempenho da economia e o nível de confiança serão decisivos para uma retomada ou não da demanda de implementos.

 

Pessimismo

 

A Anfir iniciou 2014 com suas projeções em descompasso com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que prevê crescimento para a indústria de caminhões neste ano. A entidade de implementos, por outro lado, já previa uma queda de 5% da sua atividade, que está intimamente ligada à produção de caminhões.

 

"Fomos a primeira entidade a projetar queda neste mercado", diz Braga. Ele afirma que não há estímulos suficientes para impulsionar a demanda por implementos, no País. "As dificuldades continuam. Estamos vendo uma desaceleração ainda maior em 2014", destaca.

 

Braga ressalta que a perspectiva de aumento da demanda em razão das concessões de infraestrutura, realizadas no ano passado, não se confirmou. "Já se passaram seis meses, mas não vimos o setor alavancar", diz.

 

A Anfir mantém a projeção de queda da atividade em 5% para 2014. "Ficaremos satisfeitos se essa perspectiva se confirmar", pondera. Ele afirma que o cenário é ruim e pode ser que a baixa seja ainda maior. "Nosso trabalho será fazer com que esse declínio se aproxime bem mais dos 5% do que os 10%, considerando as variáveis atuais", diz Braga.

Fonte: DCI

 


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