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Novas profissões evidenciam falta de mão de obra qualificada


Enviado em 16 de Janeiro, 2014 ?s 11:20

Se em cargos tradicionais a escassez de mão de obra é um grande gargalo, imagine em uma profissão que ainda nem tem tradução em português. A OLX, empresa de classificados on-line, demorou mais de três meses para preencher duas vagas de user experience e front end. O primeiro acompanha o comportamento dos usuários do site para melhorar os serviços. O segundo é responsável pelo funcionamento e comportamento da parte visual de uma página na internet.

 

"Não tínhamos essas posições no país. Por isso, tivemos dificuldade para encontrar o profissional ideal", diz a gerente de recursos humanos da empresa, Cristiane Dantas. Segundo ela, quando o candidato tinha condições técnicas, o inglês não era fluente, e vice-versa.

 

Depois da dificuldade para preencher as vagas, especialmente de user experience, a empresa decidiu formar pessoal para ocupar posições futuramente. "O profissional pode começar como designer, passar por arquitetura da informação e depois assumir a posição de user experience."

 

O professor Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, explica que casos como o da OLX têm sido cada vez mais freqüentes. "Os investimentos em tecnologia, inovação e automação estão fazendo com que a mão de obra fique mais escassa, pois não há treinamento específico para os cargos." Segundo ele, a indústria de hardware e de alta tecnologia têm sido as mais afetadas pelas falta de capacitação.

 

Nos Estados Unidos e Europa, essa carência é resolvida com cursos duplos: o aluno estuda de manhã na escola e à tarde vai para uma empresa aprender na prática a matéria. "Aqui ainda não existe um alinhamento entre formação acadêmica e capacitação prática", diz Resende. O problema atinge tanto profissões novas e sofisticadas quanto as tradicionais.

 

Transportes - Um setor estratégico no Brasil e que sofre do mesmo mal é o de transportes. Calcula-se que o déficit de motoristas de caminhão já ultrapasse 100 mil profissionais, e um dos obstáculos é a alta tecnologia aplicada nos novos veículos. "Para dirigir os caminhões automáticos, os motoristas precisam ser bem treinados", diz o dono da Support Cargo, Antonio Wrobleski Filho.

 

O problema é que hoje os jovens não estão interessados em se tornar um caminhoneiro. "Além da falta de segurança das estradas, eles não querem ficar tanto tempo fora de casa", diz Wrobleski, que hoje tem 10% da frota de veículos parada por falta de motorista. Segundo ele, se o setor não conseguir formar profissionais para dirigir a nova frota de caminhões, em três anos o País viverá um caos. "A safra de grãos continua crescendo e não há ferrovia. O transporte será feito por caminhão."

 

A automação de veículos e equipamentos também tem exigido treinamento em outros setores. "Hoje até uma empilhadeira precisa de um profissional capacitado para operá-la", ressalta Resende. De acordo com o diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Fibria, Luiz Fernando Torres Pinto, no setor de papel e celulose, a área florestal usa máquinas muito avançadas e exige a qualificação da mão de obra. A dificuldade é encontrar cursos técnicos e de qualificação nos municípios onde a empresa tem presença. "São quase 200 cidades", diz ele. Segundo a pesquisa da Dom Cabral, 91% das empresas fazem a capacitação técnica. (AE)

Fonte: Jornal Diário do Comércio


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