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BR-381: duplicação necessária para Minas Gerais


Enviado em 01 de Janeiro, 2014

 

Os problemas nas rodovias brasileiras são antigos e vêm, há décadas, originando entraves às cadeias produtivas e acidentes que, em diversas ocorrências, resultam em perdas de vidas.

Em setembro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) encerrou as licitações para a duplicação de mais dois trechos na BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Seis, do total de 11 lotes em que a obra foi dividida, já têm um vencedor. Ao todo, dos 305 quilômetros de extensão, 172,6 quilômetros já estão disponíveis para as obras.

De fato, melhorias devem ser buscadas. E certamente a duplicação destes trechos irá promover um avanço nos setores dependentes desta infraestrutura.

 

Em estudo realizado com o objetivo de verificar os impactos de uma estrada mal conservada e não concessionada nos custos de uma empresa de transporte de cargas foi comparado dois trechos da BR-381: o que liga Belo Horizonte a São Paulo, conhecido como Fernão Dias (concessionada) e o que liga Belo Horizonte a Governador Valadares (não concessionada), variando a velocidade média e os tempos de parada não programada.

 

Em uma estrada não concessionada, como o trecho de Belo Horizonte a Governador Valares, a velocidade média praticada por um caminhão é de 55 km/h. Levando em consideração que este trecho possui cerca de 300 km, e tendo como referência um conjunto cavalo/carreta, cinco eixos, com um custo fixo mensal de R$ 15.197,63 e um custo variável de R$ 1,69 por km, nas condições apresentadas, o mesmo realiza cerca de 40 viagens por mês a um custo total de R$ 1.154,22 por viagem.

 

Utilizando o mesmo modelo de caminhão, porém em uma estrada concessionada, como o caso da Fernão Dias, onde a velocidade média praticada é de 70 km/h, são realizadas 51 viagens por mês a um custo total R$ 1.073,48 por viagem. Considerando os três pedágios, o custo aumenta para R$ 1.094,48, mas ainda assim fica abaixo do custo da estrada não concessionada.

 

Observa-se que, mesmo com o preço do pedágio embutido no custo total, trafegar em uma estrada não concessionada é 5,46% mais dispendioso (considerando um trecho de 300 km). Para um trecho de 500 km, com seis pedágios, essa diferença aumenta para 5,61%.

 

Em relação ao custo do tempo da hora parada não programada no trecho não concessionado, observa-se que a cada hora parada os custos elevam-se em 5,99% em um percurso de 300 km. No percurso de 500 km, essa elevação nos custos é menor, atingindo 3,96%. Em uma situação extrema, porém não rara, em que um veículo fica parado por cinco horas, o aumento no custo operacional é de 30%.

 

Como demonstrado, o impacto de uma rodovia mal conservada gera acréscimos no custo operacional do veículo. Conclui-se, portanto que, além da falta de infraestrutura frear o crescimento econômico no Brasil, essa deficiência acarretada pela falta de investimentos traz prejuízos às transportadoras atuantes no modal rodoviário.

 

Guilherme Almeida, Departamento Técnico do Setcemg

 

Gráfico: Evolução dos custos operacionais (variação percentual) x Tempo de hora parada não programada.

 

 


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