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Sistema noturno de carga e descarga pode ser uma opção viável para desafogar o trânsito de Belo Horizonte
Enviado em 22 de Novembro, 2013
O trânsito complexo dos grandes centros urbanos tem feito da mobilidade um dos temas mais desafiadores da contemporaneidade. Rodízios de veículos e alternativas que podem melhorar o fluxo nas cidades são constantemente objeto de estudo e muito se discute sobre modais de transporte mais eficientes.
Uma das soluções viáveis para minimizar o problema vem de um novo formato de carga e descarga, desenvolvido em Nova Iorque, que privilegia o movimento de caminhões no período noturno. O autor do trabalho, o professor, PhD em Logística e diretor do Centro de Excelência em Logística Urbana da Volvo, José Holguím Veras, esteve em Belo Horizonte a convite do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para falar um pouco dessa experiência bem sucedida.
A nossa região metropolitana conta, atualmente, com uma frota de 2,2 milhões de veículos e 4,5 milhões de pessoas. Se seguirmos o exemplo nova-iorquino, a expectativa é que cerca de 4.500 caminhões de grande porte deixem de fazer entregas no período diurno na capital. Em Nova Iorque, o sistema foi adotado em 2002 e reduziu o tempo que cada caminhão de entregas ficava parado na rua de duas horas para 20 minutos, diminuindo os congestionamentos na região de Manhattan em até 40%.
Se focarmos apenas nos resultados esperados, a iniciativa é louvável. Contudo, é preciso avaliar como o novo modelo seria operacionalizado na capital mineira. A falta de segurança pública é um entrave considerável. Transferir as entregas para o período noturno demandaria, por exemplo, a contratação de serviços relacionados à segurança e, consequentemente, traria desconfiança e mais gastos para fazer a proteção das cargas e dos transportadores.
Por outro lado, a realização do processo de carga e descarga no período noturno poderia trazer uma economia de até 30% para os empresários, de acordo com a pesquisa. Além da economia, as entregas noturnas poupariam os transportadores do estresse dos grandes congestionamentos e facilitaria o estacionamento mais próximo do local desejado.
Belo Horizonte já estabelece normas para carga e descarga de caminhões em cinco regiões da cidade. No hipercentro, Lourdes, área hospitalar, Barro Preto, Savassi e na Avenida Nossa Senhora do Carmo, as entregas são proibidas de 7h às 20h durante a semana. Em corredores como as avenidas Antônio Carlos, Pedro II e Cristiano Machado também há restrição de carga e descarga durante o horário de pico.
Trazer o formato adotado em Nova Iorque para o Brasil demandaria esforços coletivos para estimular a aceitação da medida e é esse sistema colaborativo que devemos começar a articular. Destaco a redução de impostos e o reforço do policiamento noturno, com o objetivo de ampliar a sensação de segurança. Os próprios órgãos públicos, universidades, hospitais e grandes centros de compras poderiam dar o exemplo e adotar a carga e descarga de caminhões fora o horário de pico. Em suma, as entregas noturnas se aplicam para segmentos de carga específicos e a negociação deverá buscar o comprometimento de toda a cadeia produtiva. Fato é que a ideia pode ser uma solução inteligente para desafogar o trânsito de Belo Horizonte, mas será preciso envolvimento e colaboração de todas as esferas da sociedade – pública, privada e comunidade em geral.
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