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Método “canguru” de elevação do eixo traseiro pode trazer perigo para as estradas


Enviado em 01 de Outubro, 2013

Procedimento estético divide opinião de motoristas de caminhões. Alteração pode infringir as regras do Código de Trânsito Brasileiro, caso o veículo não tenha autorização especial para as modificações

 

Além da alteração da suspensão traseira dos caminhões por meio de adição de molas, alguns motoristas passaram a adotar recentemente o procedimento chamado “canguru” para elevar ainda mais a retaguarda do veículo.

Basicamente voltada para fins estéticos, a transformação, que custa em média R$ 3,6 mil, modifica o projeto do caminhão radicalmente, podendo danificar a estrutura do veículo permanentemente, além de causar sérios acidentes.

“O canguru é uma evolução do modo tradicional de elevar o caminhão. Mas nesse caso, é aplicado um chassi secundário, acoplado abaixo do chassi original do caminhão, fazendo com isso também a alteração do local das molas, e por isso ficam mais altos”, cometa Erico Pimenta, especialista em caminhões.

Segundo ele, o método canguru divide opiniões entre os motoristas de caminhão. Alguns motoristas defendem a alteração, dizendo que com isso conseguem melhor estabilidade para curvas, além de conseguir mais embalo pelo fato de o peso da carga ser direcionado para frente. Já outros caminhoneiros desaprovam, julgando que o método serve somente para fins estéticos.

A pratica, assim como a adição de molas, infringe as regras do Código de Trânsito Brasileiro, por poder gerar acidentes com mais facilidade.

“Além de modificar completamente o centro gravitacional do caminhão, a frenagem fica pior, o desgaste do eixo dianteiro e dos pneus do mesmo é muito maior que o normal. Sem contar que, dependendo do caso, um automóvel passa completamente embaixo do caminhão. Quando o veículo sai da fábrica, ele tem uma altura estipulada justamente por conta disso, porém, nesses casos, a distância da ponta da carroceria até o solo pode chegar a dois metros”.

Em nota, a assessoria de imprensa da montadora Mercedes-Benz afirmou que, por meio do departamento de engenharia, a companhia nunca realizou algum tipo de estudo sobre o levantamento da suspensão traseira, e por isso não há certeza de que a prática traga qualquer estabilidade. “Sabemos que existem implementadoras que realizam este procedimento, porém, na Mercedes-Benz, os caminhões saem da fábrica com padrões quem seguem normas estipuladas”.

 

Fiscalização

Pimenta ressalta que os responsáveis pela fiscalização de veículos fora das especificações do Código de Trânsito Brasileiro vem agindo com mais rigor perante os motoristas de caminhão, por outro lado, os estabelecimentos que realizam esses procedimentos ilícitos dificilmente são deflagrados.

Nas rodovias, a Polícia Rodoviária Federal vem realizando ações para conter a prática de modificações. No mês de agosto, por exemplo, foi realizada nas rodovias federais do Estado de São Paulo a Operação Caminhão Original, com foco nas alterações de características em veículos de carga sem emissão de Certificado de Segurança Veicular. Ao final da Operação, foram fiscalizados mais de 350 veículos de carga, sendo que 150 das 227 autuações foram especificamente na questão da alteração das suspensões.

 

Fonte: Portal Transporta Brasil

 


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