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Tecnologia controla todo o sistema de abastecimento
Enviado em 21 de Agosto, 2013
Fraudar o valor de uma nota fiscal num posto de gasolina já foi muito fácil: depois de abastecer e pagar, o motorista pedia uma nota de valor maior que o registrado na bomba e pronto, a diferença entre os valores ficava no seu bolso. Atualmente, sistemas baseados em sensores e computadores podem ser usados para controlar todo o processo de abastecimento - seja de um automóvel, de um navio ou de uma plataforma de petróleo - sem que nenhuma informação seja inserida manualmente.
Funciona assim o Controle Total de Frotas (CTF), sistema de gestão e controle de abastecimento oferecido pela Petróleo Ipiranga aos frotistas: "É um programa que temos há 16 anos, que foi oferecido inicialmente às transportadoras", conta Flávio Dantas, diretor-comercial da companhia. O produto não tem similar no mercado, afirma: "Os clientes entenderam que isso era fundamental na gestão do negócio e assim o CTF se tornou um sucesso".
Disponível na rede de postos da Ipiranga e também da BR Distribuidora, o CTF é um sistema projetado e produzido por uma empresa brasileira que tem esse mesmo nome, fundada em 1997 e que ganhou mercado oferecendo aos frotistas uma solução de controle de abastecimento virtualmente à prova de fraudes: ela é composta por equipamentos instalados no veículo, outros instalados nos postos, e um sistema que integra os dois. Assim, o frotista seleciona desde o posto onde o veículo poderá abastecer até a quantidade de combustível a ser fornecida.
Programa que monitora funcionamento de veículos de frota inclui pagamento de IPVA e renovação de seguro
"Hoje fazemos abastecimento não só de veículos mas até de plataformas de petróleo", conta Marcos Nogueira, diretor de operações da CTF. A empresa foi tão bem sucedida que atraiu a atenção da FleetCor, empresa americana especializada em pagamentos com cartões, que de 2008 para 2012 mais do que dobrou seu faturamento anual, subindo de US$ 341 milhões para US$ 707 milhões. Com a solução em 250 mil veículos de aproximadamente 4 mil clientes, a CTF administra um volume anual da ordem de 300 milhões de litros de combustível.
Riscos como fraudes no abastecimento levaram centenas de empresas a desenvolver soluções que elevam muito o controle dos frotistas sobre seus veículos. "Isso começou uns 18 anos atrás, como prevenção de roubo, foi evoluindo para serviços e ao mesmo tempo se barateando, até que em 2003 começou esse 'boom' de proteção de veículos e carga", conta Cileneu Nunes, presidente da Zatix, criada em 2008 com a união da Graber Rastreamento, Omnilink Tecnologia e Teletrim Monitoramento. A evolução, conta ele, trouxe a telemetria (transmissão de dados do veículo para o sistema do gestor), permitindo ao frotista saber praticamente tudo o que o motorista faz ao dirigir: "Se acelera ou freia muito, se está muito rápido ou muito lento. Em vários casos o gerenciamento reduz de 10% a 15% os custos do transporte", diz.
Sistemas como esse recebem dados de um "barramento" que percorre praticamente todo o caminhão, coletando sinais emitidos pelos vários sensores e computadores instalados a bordo. As informações que resultam desse monitoramento são utilizadas na gestão da frota - para organizar a manutenção e até educar os motoristas: "Há o registro de um cliente que detectou uma carreta dele a 100 por hora descendo para Santos", conta Cileneu.
Ele lembra que um dos mais novos itens nos sistemas é o controle de jornada, com intervalo a cada quatro horas. Com isso, o frotista consegue verificar se o motorista está cumprindo as paradas. Atualmente, os caminhões já saem das montadoras prontos para serem conectados aos sistemas de gerenciamento - ou têm o sistema todo instalado pela fábrica, como o Iveco Frota Fácil ou o Volksnet.
Obson Cardoso, diretor da unidade de rastreamento da Positron, empresa com sede em Campinas, explica que a solução dela para o mercado frotista também monitora todo o funcionamento dos veículos, emitindo relatórios e alertas até mesmo para a data de pagamento do IPVA e da renovação do seguro. Com uma unidade de pesquisa, desenvolvimento e administração junto ao campus da Unicamp, a Positron tem uma fatia de apenas 2,5% do mercado (cerca de 150 mil veículos), mas conta com uma fábrica em Manaus para produzir seus equipamentos.
"Tudo o que acontece com o veículo pode ser monitorado e controlado", diz Obson. Como os sistemas são interligados com o GPS, explica ele, a informação sobre a posição do veículo pode disparar vários alertas: "Sobre velocidade máxima, por exemplo: o sistema 'sabe' em que rodovia e em que trecho está o veículo", completa. "Isso também evita que o motorista pare em locais não autorizados ou perigosos e também que desvie da rota pré-estabelecida", acrescenta. Para proteger as cargas, a empresa desenvolveu rastreadores que emitem sinais pela rede de telefonia celular e por uma rede proprietária de rádio, permitindo sua localização em pouco tempo.
Na Ecofrotas, de Porto Alegre, Rodrigo Somogyi, gerente de inovação, conta que o sistema de controle de abastecimento lançado pela empresa cerca de 15 anos atrás, baseado em cartão magnético, também evoluiu para gerenciamento das frotas: "Primeiro, o cliente queria só o abastecimento, mas depois passamos a fazer gestão da manutenção". A inteligência do sistema implantado pela empresa está no posto de abastecimento: com a leitura dos dados do cartão levado pelo motorista, o sistema do posto recebe da Ecofrotas as informações sobre o veículo e fornece apenas o que está autorizado. O frotista pode selecionar postos, quantidades, faixas de preços de combustíveis e muitos outros detalhes.
"Além dos frotistas de carga, atendemos alguns governos controlando o abastecimento inclusive de embarcações e de helicópteros", diz Somogyi. Há clientes que controlam também o abastecimento de geradores de eletricidade e máquinas de mineração. A Ecofrotas atende cerca de 640 mil veículos, por meio de 15 mil postos de combustível no país inteiro. Com os dados detalhados de controle, segundo Somogyi, um dos clientes, cuja frota tem 6 mil veículos, descobriu que 45% deles tinham pouquíssimo uso.
Há 22 anos nesse mercado, a Ticket começou operando com os vales-combustível de papel, mas foi pioneira ao lançar o primeiro cartão com chip do mercado, lembra Fernando Camejo, gerente do produto. Hoje, a empresa administra cerca de 500 mil veículos (metade deles pesados), tem 10 mil clientes e 8.776 postos de abastecimento credenciados.
Fonte: Jornal Valor Econômico
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