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Sinalização em trecho perigoso da Rodovia da Morte é “decorativa” para motoristas
Enviado em 19 de Agosto, 2013
Depois de um segmento monitorado por três radares de velocidade, de uma sequência de curvas fechadas em declive forte que passa até por pontes, condutores de carros, motos e veículos de carga aproveitam para pisar fundo. A placa de sinalização é uma das mais restritivas da Rodovia da Morte, a BR-381 (BH-João Monlevade), alertando que a velocidade máxima permitida não pode passar de 60 km/h. O aviso não é suficiente para impedir que condutores tentem tirar no acelerador o tempo perdido com os radares e veículos lentos que os retiveram no caminho. Um Toyota Corolla vai ultrapassando pela direita uma fileira de caminhões e desponta na frente deles a 106 km/h, velocidade 77% acima da permitida para o local. No mesmo trecho do km 427, perto da ponte sobre o Rio do Peixe, em Caeté, até caminhões sem carga aproveitam para acelerar acima de 95 km/h.
Fora dos trechos monitorados pelos 18 radares implantados na BR-381, entre João Monlevade e Belo Horizonte, os abusos cometidos por motoristas continuam a representar perigo. As curvas fechadas e de descidas arriscadas sem qualquer equipamento de segurança explica, em parte, segundo especialistas em transporte e trânsito, porque as estradas federais mineiras tiveram redução de apenas 2,4% o número de feridos em acidentes e 5,2% os mortos, um ano depois que os primeiros radares foram instalados no trecho.
“Toda redução é bem vinda, mesmo os números não sendo muito expressivos. O que isso mostra, no entanto, é que os acidentes que não são evitados continuam a ser muito graves. Os efeitos ainda são muito violentos”, avalia o especialista em transporte e trânsito Silvestre de Andrade Puty Filho. “Os radares são importantes para controlar a velocidade de trechos críticos, mas é preciso também prever o erro humano, oferecendo áreas de escape, proteções e barreiras físicas para reduzir o estrago dos acidentes”, considera.
Na BR-040 os radares também não impedem a imprudência. No distrito de Pires, em Congonhas, a população cobra uma passarela e tem fechado a via em manifestações nos últimos meses justamente por terem sido vítimas de atropelamentos. Em Gagé, distrito de Conselheiro Lafaiete, também à beira da estrada, os moradores bloquearam ontem a pista cobrando quebra-molas. A BR-040 tem em funcionamento 52 radares no trecho mineiro até Juiz de Fora, que pertence ao Dnit.
Os resultados da imprudência nos trechos fora da cobertura dos radares e sem espaços projetados para aliviar a intensidade dos acidentes estão pelas mais de 200 curvas entre BH e João Monlevade. São muretas de concreto quebradas à beira de precipícios, guard rails retorcidos, marcas de pneus saindo pela tangente das pistas, ranhuras de tombamentos rasgando fundo o asfalto de um lado a outro, pilhas de cargas espalhadas pelos acostamentos cruzes novas erguidas entre flores no meio do mato e outras mais velhas, tombadas e substituídas, como lembranças dos anos de desastres ocorridos naquela via.
Incerteza
Na curva do km 407, todos os dias o mestre de obras Lam de Oliveira, de 30 anos, respira fundo quando vai se despedir da mulher. Para ir ao trabalho, a mulher tem de atravessar a rodovia no trecho sem radares onde os veículos passam acelerando muito acima dos 60 km/h de tolerância. Todas as vezes, leva no colo o filho pequeno, de 11 meses, e fica torcendo para que nada de ruim ocorra. “Acidentes aqui ocorrem a todo momento. Os motoristas não respeitam a velocidade, atropelam trabalhadores que vão para os pontos, principalmente perto dos bairros aqui de Caeté. Não tem um dia que não fico preocupado”, disse.
A imprudência ainda é considerada pela PRF a principal causa de acidentes na rodovia. “Os radares podem diminuir, por exemplo, as batidas de frente quando as ultrapassagens são mal planejadas. Infelizmente, é preciso esse instrumento para segurar mais os condutores pela punição que recebem e pesa no bolso e acaba, com o tempo, tendo efeito educativo”, afirma o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Aristides Amaral Júnior.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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