42º Jantar de Confraternização

21 de Novembro, 2012

Estamos chegando ao final do ano de 2012 e, em retrospecto, podemos ver que muitas mudanças ocorreram em nosso setor, com destaque para os caminhões Euro 5, o Fim da Carta-Frete e para a Lei 12.619, a Lei do Motorista Profissional.

 

Para ajudar o nosso associado a se informar, entender e aplicar as diversas mudanças ocorridas na sua empresa, o Setcemg promoveu dezenas de cursos, palestras e debates em 2012.  Além dos cursos sobre os fatos novos do setor, também realizamos vários cursos técnicos, cursos sobre legislação, cursos sobre metodologias de gestão, liderança, negociação, etc. Para 2013, vamos intensificar ainda mais os nossos cursos e, desde já, agradecemos qualquer sugestão para melhorias.

 

Em especial, sobre a Lei 12.619, 12 turmas e aproximadamente 400 pessoas já participaram. Estamos dando ênfase à 12.619, porque, temos percebido que grande parte da resistência à aceitação da lei deve-se ao total desconhecimento do seu conteúdo. Ao contrário do que muitos ainda pensam, é possível sim adequar qualquer operação de transporte a ela. É preciso se informar melhor, estudá-la e encaixá-la na sua operação. Só para citar um exemplo, a lei permite dois motoristas trabalhando juntos no mesmo caminhão, desde que, os respectivos motoristas façam seis horas de descanso com o caminhão parado ou em local adequado.

 

Passados quase seis meses da vigência da lei, já estamos constatando que muitos que eram totalmente contra a lei já estão vendo a lei como benéfica para o setor. Recentemente, fizemos um debate com as principais empresas do setor e todas estão se adequando. Sabemos que algumas melhorias na lei precisam ser feitas, e que são frutos dos vetos presidenciais. Para isto, já há conversas com o governo neste sentido ou com as entidades que representam a categoria dos motoristas, via Acordos Coletivos de Trabalho. Sabemos também que é uma drástica mudança cultural e de modelo mental, arraigada há décadas. Por isto, teremos que ter perseverança e responsabilidade social.

 

Por causa da lei, o jeito de gerenciar a produtividade da frota mudou. As empresas precisam ter uma gestão ativa dos seus caminhões. Mais do que nunca, tempo é dinheiro! E uma boa gestão de produtividade, em parceria com os contratantes, pode minimizar o aumento de custos decorrentes da nova lei. Há muito desperdício de tempo durante as operações de carregamento e de descarga. E, também, durante a viagem. É preciso gerenciar os tempos e movimentos do caminhão e do motorista com eficácia.

 

A forma de vender os serviços de transporte também mudou: para se calcular o valor do frete é imprescindível que, antes, se defina em conjunto com o contratante, os tempos para carregamento e descarregamento. Caso o tempo combinado seja excedido, nada mais justo do que a cobrança de estadias. Ou seja, frete é frete e o tempo ocioso deve ser remunerado, como ocorre nos outros modais e até com taxis. Por causa disto, pela primeira vez em décadas, estamos vendo contratantes preocupados em diminuir os tempos de carga e descarga. Ou seja, a ineficiência da operação não será mais minimizada através do excesso de jornada do motorista, com consequências que todos já sabemos.

 

Outro ponto de destaque da lei e que o Ministério do Trabalho já anunciou que vai fiscalizar é a proibição do pagamento por comissão que comprometa a segurança nas estradas. Em uma análise preliminar, a maioria dos acidentes está relacionada com excesso de peso, excesso de jornada de trabalho, excesso de velocidade e o uso de álcool ou drogas. O empresário precisa se incomodar, se sentir responsável com cada acidente e agir visando o zero acidente. A redução de acidentes contribui, inclusive, para a redução dos congestionamentos. Nosso setor é o de maior índice de acidentes e fatalidades, de acordo com as estatísticas do Ministério do Trabalho.

 

 Enfim, não temos dúvida que a lei 12.619 será benéfica para o nosso setor e também para toda a sociedade, por causa da redução de acidentes nas estradas. A lei só não interessa aos políticos demagogos e inconsequentes, aos contratantes com visão míope e as pessoas que só viajam de avião.

 

Vamos em frente!

 

Sérgio Pedrosa

Presidente do Setcemg – Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Minas Gerais

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