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Setcemg marca presença no Vale do Silício

Enviado em 06 de Junho, 2019 ?s 16:20

Daniel Simas membro da COMJovem

O Vale do Silício é um celeiro de startups e grandes empresas de tecnologias que costumam ditar as tendências de inovação. Localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, é de lá que nasceram gigantes como Google, Facebook, HP, Intel Microsoft por exemplo.

Membro da COMjovem Minas Gerais e diretor do Setcemg, Daniel Simas representou o sindicato durante visita ao Vale do Silício, entre os dias 10 e 15 de maio. Ele fez parte de uma comitiva de membros da COMJovem que reuniu 20 executivos do setor do transporte de carga do Brasil inteiro. A ação foi promovida pelo programa Cliente 4.0 da Mercedes Bens.

Entre os locais visitados estão as universidades Singularity, Berkeley e Stanford; além das gigantes Google, Tesla e a startup Uber Freight. Para Daniel, durante a expedição, ficou evidente de como o tempo é dinheiro e que não vai demorar muito para o setor de transporte de carga e logística passar por uma grande transformação.

Nesse sentido, o diretor do Setcemg destacou que todas as inovações tecnológicas relacionadas ao setor que foram apresentadas à comitiva da COMJovem estão relacionadas à redução do tempo de entrega. “As tecnologias estão aparecendo e temos que nos adaptar a elas”, afirmou, logo após enumerar como as startups no Vale do Silício estão utilizando a inteligência artificial (AI), algoritmos e softwares para otimizar os custos operacionais.

Google

NEGÓCIOS
Segundo conta Daniel Simas, a lógica de negócios (ou mindset, como é a expressão em inglês) é muito diferente do modelo tradicional. “As empresas ‘queimam dinheiro’ durante muito tempo acreditando que um dia poderão dar lucro. A cada 100 empresas, 97 falham e somente uma devolve o investimento com lucros astronômicos”. Elas são conhecidas como unicórnios, ou seja, empresas que ultrapassam um 1 bilhão de dólares em valor de mercado.

Arriscar é preciso. Em relação ao empreendedor à frente de startup que quebra ou não obteve sucesso, Daniel descreve que o pensamento americano enxerga essa pessoa como alguém que se capacitou com seus erros e, na próxima startup, estará mais preparados. “Aqui existe abundância de capital, por isso eles podem ‘queima-los’ em expectativas de projetos que podem dar certo ou não”, afirma. “Não gosto dele modelo, porque estas startups destroem o mercado, despencam o preço, não performam e, em sua grande maioria, estarão mortas em um ciclo de vida curto. Mas neste ciclo de vida curto, elas podem arrasar um mercado”, admite. “A maioria das empresas não possuem ativos (bens), mas sim hardwares. Por isso quebram como se desligassem um disjuntor e abrem outra ligando outro disjuntor”, conclui.

Ainda assim, Daniel Simas considera o ecossistema de negócios no Vale do Silício muito rico pela abundância de empresas e jovens capacitados em tecnologia. “A rede de networking é extremamente poderosa. Em um prédio existe centenas de startups de diversos locais do mundo desenvolvendo projetos distintos. Isso proporciona um ecossistema rico e muito favorável às novas soluções tecnológicas”, assinala. “Toda startup tem um indiano, é impressionante. Outro fator importante é que o colaborar possui meta e métricas, ninguém empurra ninguém e eles trabalham por um propósito”, descreve.

Universidade_COMJOvem

IMPRESSORAS 3D
Por estar no celeiro de tendências para solução de problemas do nosso cotidiano, Daniel Simas descreve uma realidade que parece filme de ficção científica. “É um mundo sem volta, que irá transformar todas as formas de interação humana, robótica, alimentação e como consumimos bens e produtos. Por exemplo, a alimentação será através de pílulas que você imprimirá em sua casa através de uma impressora 3D. Com isso toda a cadeia do agronegócio será afetada. O couro que será utilizado para fabricação de bolsas será feito a partir de células do animal impressas em uma impressora 3D. Não mais será necessário matar um animal. A lógica será você escolher um produto em uma plataforma e imprimir na sua casa”, reflete.