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Transportadoras investem em blindagem para evitar roubos

Por Samuel Santos


Fonte: Agência CNT de Notícias

 

Em média, 35 caminhões têm suas cargas roubadas diariamente no Brasil. De
acordo com o balanço mais recente divulgado pela Associação Nacional  do
Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o prejuízo das
transportadoras foi de R$ 880 milhões em 2010.

Para impedir o crime,
sindicatos, federações e governo trabalham em conjunto. Ainda assim, os
empresários do setor, preocupados, investem em alternativas de segurança, como a
blindagem de caminhões. “Para nós, transportadores, os gastos diretos com
segurança para evitar o roubo, escolta, isso fora o prejuízo operacional de ter
que viajar em comboio e, às vezes, mudar de estrada para evitar zonas de risco,
custam de 10 a 12% de todo o nosso faturamento”, destaca o presidente da
Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado do Rio
Grande do Sul (Fetransul), Paulo Vicente Caleffi, que também preside a Câmara
Interamericana de Transportes (CIT).

No Brasil, o custo médio para
blindar um veículo de passeio é de R$ 48 mil. No caso de veículos de carga, essa
cifra pode variar alcançando os R$ 80 mil. Segundo o presidente da Associação
Brasileira de Blindagem (Abrablin), Christian Conde, a procura pelo serviço tem
aumentado. “A gente não pode dizer que é uma demanda muito grande, mas essa
demanda vem crescendo. Algumas blindadoras estão se especializando nesse tipo de
trabalho (com caminhões) e já têm uma demanda constante”, afirma.

Dados
da Abrablin mostram que, só em 2010, 7.332 veículos foram blindados no Brasil.
Nessa conta são considerados todos os tipos de veículos, como carros de passeio,
caminhões e outros. O aumento foi de 5,86% na comparação com 2009. Ainda de
acordo com a entidade, o Brasil possui atualmente mais de 100 mil veículos
blindados em circulação.

O estado de São Paulo, que concentra a grande
maioria dos casos de roubos de cargas no país, também é o que conta com a maior
quantidade de veículos blindados, é nele que estão 66% do total. No Rio de
Janeiro, estão 20% dos blindados, seguidos por Pernambuco (3%) e Paraná (2%). Os
outros 9% desse universo estão distribuídos entre os estados da Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará e Rio Grande do
Sul. A associação ressalta que não há dados específicos sobre veículos de
carga.

Autorização
Para o supervisor de logística da
distribuidora Imifarma, Bruno Damasceno, o investimento vale a pena.  A empresa,
que atua no norte e no nordeste do país, possui uma frota de 18 veículos. Desse
total, três são caminhões do modelo 1518 da Mercedes Benz, blindados. Outros
três devem ser entregues em breve.

Desde 2009, quando os caminhões foram
blindados, a média de assaltos, que variava de quatro a seis por mês, caiu para
zero. “Além da blindagem dos caminhões, algumas rotas são escoltadas para propor
uma maior segurança aos nossos motoristas”, diz. A distribuidora transporta
principalmente medicamentos e cosméticos.

Para ser realizada, a
blindagem de qualquer veículo depende de autorização prévia do Exército
Brasileiro. A licença para o serviço deve ser solicitada pela empresa que
executará a blindagem.

“Quem procura o serviço são as empresas com
frotas que trabalham com cargas de alto valor. Existem cargas que são muito
difíceis de fazer seguro, e que precisam, portanto, de batedores, o que deixa o
custo do transporte ainda mais alto. Assim, a blindagem é um complemento
interessante para todo esse esquema de segurança”, acredita Christian
Conde.

Custos
A blindagem mais praticada no mercado é
a de nível III-A, que suporta até tiros de pistolas 9mm e revólveres .44 Magnum.
No Brasil, os seis diferentes tipos de blindagem seguem a norma de resistência
balística ABNT-NBR nº 15.000, que obedece aos padrões nacionais e
internacionais.

Os gastos com a blindagem variam de acordo com vários
fatores. Quanto maior o nível de proteção, mais caro fica o serviço. O mesmo
ocorre em relação à área a ser blindada. O tipo de material utilizado, sua
procedência e o projeto de blindagem e o know-how da blindadora e de
seus profissionais também influenciam na diferenciação do preço.


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