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O desafio da prosperidade

Nós, brasileiros, precisamos buscar motivos para sermos otimistas e acreditarmos que 2016 será melhor que 2015. A maneira mais fácil é crer que teremos saúde; a paz também muito desejada deve ser possível no âmbito familiar, mas é um desafio ver no cenário atual a possibilidade de alcançarmos a prosperidade.

Na busca de ânimo podemos torcer para que os fundamentos da democracia, que alguns dizem já consolidada no Brasil, prosperem. Para isso, é indispensável que as instituições e os poderes funcionem, cada um cumprindo com fidelidade seu papel constitucional.

Assim, esperamos que o Judiciário julgue todos os processos com os olhos voltados para a legalidade, sem se preocupar com dívidas de gratidão ou consequências econômicas, pois cabe ao Executivo gerir a economia. Ao Legislativo, esperamos que faça as leis e fiscalize, abrindo mão de indicações para cargos que são do Executivo. Na Reforma Política, seria interessante proibir que os eleitos para o Legislativo assumam cargos no Executivo, como secretários ou ministros, assim como deveria ter uma longa quarentena para serem indicados aos tribunais.

Não é saudável a busca de novos tributos na condição atual. Por um lado, podem aumentar a base de arrecadação, mas por outro prejudicarão ainda mais a economia, provocando mais desemprego e, consequentemente, queda real na arrecadação.

Por isso, não podemos aceitar o discurso da vinculação dos novos tributos. A CIDE-Combustíveis voltou no ano passado com a proposta de aplicar investimentos em rodovias, ferrovias, aeroportos ou portos, mas não foi cumprida.

Por fim, é preciso que o Executivo cumpra seu papel de executar no limite da legalidade e com responsabilidade fiscal, atitude indispensável para recuperarmos a credibilidade e crescermos com sustentabilidade.

Vander Francisco Costa
Presidente da Fetcemg